Mariana Sgarioni

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Rayssa Leal planta primeira árvore de projeto para reflorestar a Amazônia

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Além de trazer a medalha de bronze para o Brasil nas Olimpíadas de Paris, a skatista Rayssa Leal carrega também a bandeira da sustentabilidade. A atleta é a embaixadora do projeto Floresta Olímpica do Brasil, iniciativa ESG do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), que visa reflorestar parte da Amazônia.

Lançada em junho passado, a ação pretende recuperar 6,3 hectares nos municípios de Tefé e Alvarães, no Amazonas, por meio do plantio de cerca de 4.500 árvores de espécies nativas por comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas. Junto ao presidente do COB, Paulo Wanderley, Rayssa plantou uma muda de jatobá no início de junho. "Não estou aqui só por mim. E sim pelas próximas gerações, dos meus filhos, dos meus netos", refletiu a atleta no momento do plantio.

A sustentabilidade é um tema relevante para Rayssa Leal e ela faz questão de levar esta mensagem sempre que possível. Durante as provas olímpicas, ela usou um skate personalizado com a imagem de araras-azuis, aves típicas do Pantanal, que estão ameaçadas de extinção. Ela também se uniu ao COI (Comitê Olímpico Internacional) em uma campanha ambiental divulgada pouco antes dos jogos. "A humanidade só pode ser saudável se preservarmos a natureza - a qualidade da água, do ar e do meio ambiente. Através dos Jogos Olímpicos, tenho uma oportunidade única de compartilhar a importância de preservar o mundo natural", afirmou a atleta em mensagem publicada pelo COI.

O projeto Floresta Olímpica do Brasil faz parte de uma rede chamada Olympic Forest Network, liderada pelo COI, em que comitês olímpicos do mundo inteiro se propõem a recuperar florestas em diversos continentes. O COB estruturou o projeto brasileiro como o carro-chefe de seu programa de sustentabilidade e compensação de carbono. A meta assinada com o COI é reduzir 50% das emissões de gases do efeito estufa até 2030. "Entendemos que o esporte também tem esta responsabilidade, não se trata de um segmento isento, como muitos podem pensar", diz Carolina Araujo, gerente de cultura e valores olímpicos do COB.

Segundo ela, o principal fator de emissão de gases do efeito estufa nos esportes está no deslocamento dos atletas - algo que, num primeiro momento, não há como zerar, por isso o investimento em compensação. "Para competir nas Olimpíadas de Paris, por exemplo, os atletas obrigatoriamente tiveram que ir de avião, que tem uma pegada de carbono muito alta dada a distância do nosso país para a Europa. Não tem como ir de trem ou bicicleta. Então é preciso compensar isso", comenta.

O COB investiu R$ 1 milhão no projeto Floresta Olímpica do Brasil e tem planos de expandir a iniciativa em breve. Quem estará a frente de toda a operação será o Instituto Mamirauá, com sede em Tefé, no Amazonas.

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