Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Eu não preciso que você me ame
Apesar de ser louca de amor
Não posso evitar o trocadilho infame
Preciso te dizer que eu não preciso que você me ame
É talvez um pouco extranho
Pois dessa falta eu reclamo
É talvez só um impasse, pois já vivi esse vexame
Já clamei o teu afeto
Rebolei pro teu sucesso
Fiz de tudo e mais um pouco pra passar no teu exame
Chorei noites e mais noites
Pensando que era sobre
Isso tudo que você nunca nem teve pra oferecer
Iludida pelo erro
De não acreditar no desmame
Mas hoje digo tranquilona que não preciso que me ame
Nem preciso que me queira
Por perto, meio "en passant"
Fingindo que reconhece
que me conhece
Que tá de boua
Não preciso que mascare a tua falta de noção
Nem que masque minha presença com esse nojo de tesão
Só mesmo te comunico
Você que acha que é o centro
Que é umbigo do mundo todo que gira ao teu redor
Que pede que eu peça clemência pra andar perto de ti
Ti manca, desavisado
Tu chega de atravessado
E eu saio pela tangente
E aí, quando a gente
Menos percebe o balanço
Tu ficou fora do jogo
E quem samba já sou eu
Teu umbigo vira buraco
Do micromundo que fede
E eu, cá bem vibrante
Assisto o que aconteceu
Então eu te repito
Pois tenho outros tantos que querem
Outras tantas que me carinham
E mais outres que me amam
Que do teu desajeito tosco
Sem pé e sem pescoço
De quem não engole nem cospe
Não me interessa o desgosto
Não preciso do teu latifúndio
Nem do teu latido imúndio
Não quero tudo que é teu, só aquilo que me pertence
Então fique bem tranquilinho, não peço que se engane
Quero tudo desse mundo, mas não preciso que você me ame.
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