Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
O passado já não me assombra mais
Se posso hoje escrever alguma canção de ninar
É porque aprendi a acalmar meus nervos
Só posso dizer aquilo que faço
Que penso
Ou que desejo
Aquilo que não conheço
Ou que não quero ter por tão perto
Prefiro desescrever e deixar esvair no tempo
Se um dia estava aqui
Agora já nem me lembro
Talvez algum dia, de relance
Me perguntem sobre o passado
Ou algo ao meu redor me remeta ao tão distante
Sentirei aquele frio no eixo
Minha mente talvez embaralhe
E um pouco de medo ressurja por entre os ouvidos e peito
Mas terei a tranquilidade
De acolher esses desarranjos
Já foi
Já conheço
Decidi não mais ter comigo
E se me desfiz da doença é porque já fui ela inteira
Debatia por todos os cantos
Revivia em ciclos as dores
Gritava em meu travesseiro pra tentar liberar o encanto
E um dia, já elaborada
Compreendida, por mim, de onde vinha
Deixei ir embora tranquila
Assistindo sua despedida
Então já não medro sua volta
Pois sei que é visita de susto
Não medro os que a minha volta
Ainda com ela caminham
E sigo escrevendo naninhas
Palavras de acalanto
Que as vezes são doloridas
Carregadas de melancolia
Mas são de alguém que investiga
Alguém de paz inquietante
Que dorme com frio na barriga
E sonha com todo esse instante.
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