Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Um candidato ciclista
Estamos a um dia do segundo turno de uma das eleições mais importantes do Brasil. A disputa nunca foi tão emocionante nem significou tanto. A coisa a nível federal está tão cabulosa que são vários os momentos que nos esquecemos que tem outra corrida alucinante acontecendo mais pertinho da gente. Estamos a dois dias de também escolher quem será o governador do estado de São Paulo. Não é pouca coisa não, viu?!
São muitas as funções atribuídas ao cargo de governador, como cuidar da saúde e da educação, gerir e procurar investimentos, criar secretarias para tocar questões que julgue importantes e mais um tanto de coisas. Dentre tantas atribuições eu gostaria de focar em uma em específico que nos interessa bastante aqui pelo blog. O governador deve prezar pela infraestrutura do estado. Pensar obras, estradas, fazer manutenção e afins.
Pensando nisso, e falando para meus pares ciclistas, gostaria de relembrar como foi a passagem de Fernando Haddad (PT) na prefeitura de São Paulo. De fato, nunca antes um prefeito olhou tanto para as nossas questões. Haddad colocou os ciclistas no planejamento. Nunca tínhamos sido levados realmente a sério como modal, como meio de transporte. Foram implantadas por volta de 400 km de ciclovias durante sua gestão.
Eu mesma jamais teria iniciado minha vida de ciclista urbana se não me sentisse segura, me experimentando nas ciclovias da cidade. Elas não são perfeitas, muitos lugares mereciam ter mais kms de ciclovias e não receberam e também é digno de nota dizer que poderíamos ter uma melhor conexão intermodais, por exemplo integração metrô/bike com horários mais amplos. Mas não dá pra fazer tudo em um único mandato e Haddad nos colocou no mapa, nos fez virar a pauta. Desde então, todo candidato ou candidata precisa ao menos citar as bicicletas em seus planos de governo.
Caso eleito governador, Haddad vai atualizar e implementar o Plano Cicloviário do Estado de São Paulo (Lei 10.095/98) e integrar o sistema estadual de transporte coletivo de média e alta capacidade com a rede cicloviária, instalando bicicletários gratuitos, seguros e acessíveis nas estações de trem e metrô e nos terminais de ônibus. Além disso, Haddad sempre deixou transparente sua intenção de dar a devida importância ao transporte coletivo. Inclusive, consta em seu plano de governo sugestões de como baratear o transporte público de São Paulo: Implementar, em conjunto com o governo federal e municípios, novas fontes de recursos para superar o atual modelo de financiamento baseado exclusivamente no pagamento de tarifa pelo usuário, de modo a baratear a tarifa e viabilizar as gratuidades, como o Vale Transporte Social e o Passe Livre para estudantes e idosos.
Legal né?!
Aconselho todas e todos a darem uma olhadinha no que Haddad pensa sobre acesso à cidade e mobilidade urbana. Você consegue achar nesse link aqui.
Realmente não entendo setores ciclistas paulistas cogitarem apoiar qualquer candidato que não seja Haddad. Além de conhecer genuinamente as demandas e necessidades do nosso estado, ninguém nunca olhou tanto para a pauta da mobilidade urbana quando Fernando Haddad. Fica a dica ;)
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