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Elas usam inteligência artificial para criar banco de imagens para negros
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Em conversas, as graduandas em psicologia Francinai Gomes e Bárbara Borges se questionavam: E se a solidão que o povo negro sente pudesse ser retratada, como ela seria? E se a angústia, fruto da ascensão social, pudesse ser descrita em uma imagem?
"Conseguir nomear e reconhecer o que sentimos é um grande desafio para a população negra brasileira. É o isolamento presente na crença enraizada de que 'só eu estou sentindo/pensando isso' uma das maiores fontes de sofrimento para o nosso povo. Quando conseguimos nomear - seja falando, escrevendo, pintando, musicalizando e milhares de outras formas - temos a possibilidade de pertencer e reconhecer", elas dizem.
Foi com o propósito de convidar a comunidade negra a se ver que elas criaram um projeto para estimular o reconhecimento emocional de uma população que historicamente é impedida de sentir.
Assim, com ajuda de inteligência artificial, as duas criaram um banco de imagens online que retrata a população negra finalmente "sentindo". Nas fotos estão emoções diversas: alegria, tristeza, angústia, acolhimento?
A importância de um projeto como este, tanto aplicado ao campo da saúde mental como a qualquer campo de atividade na sociedade, é imensurável.
Permite que nós, enquanto pessoas negras, nos vejamos e nos reconheçamos nos espaços, fazendo parte da existência na sociedade como indivíduos e sujeitos.
Esse senso de reconhecimento e a identificação da nossa existência no mundo nos possibilitam construir caminhos para o fortalecimento e busca por acessos e direitos que continuam nos sendo negados em uma sociedade que precisa de inteligência artificial para mostrar que temos sentimentos e que fazemos parte da humanidade.
O banco de imagens pode ser acessado no Pinterest.
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