Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
5 jovens que dão o que falar quando o assunto é clima na América Latina
Entrando no clima da Copa, mas sem sair do clima da COP: A relação entre os dois eventos vai além da coincidente bagunça em nossos calendários, ambos ocorreram em países conservadores e foram escolhas polêmicas no cenário mundial.
Com a COP27, no Egito, jovens de organizações pelo clima enfrentaram repressão ao fazerem manifestações e coberturas midiáticas típicas do evento. O Qatar agiu de forma semelhante durante os jogos da Copa, reprimindo qualquer aparição suspeita de ativismo, incluindo o famoso caso da bandeira de Pernambuco, confundida com a bandeira LGBTQIA +.
Apesar do clima de opressão ser uma característica desses países, se engana quem acredita que isso não ocorre em nossa região: segundo a Global Witness, 70% das mortes de ativistas se concentram na América Latina. São, principalmente, de indígenas e afrodescendentes.
Os dados não chegam à população porque, além da luta feroz contra as desigualdades sociais e os crimes ambientais em seus territórios, os povos tradicionais e periféricos enfrentam a invisibilidade e a marginalização. Buscar ativamente informações sobre nossa própria região é uma alternativa para apoiar estas lutas, principalmente no Brasil, líder de mortes de ativistas acumuladas desde 2002.
Por isso, eu trouxe um time de jovens que vem "batendo um bolão" quando o assunto é lutar pelo meio ambiente na América Latina e no Caribe. Elas driblam as adversidades e comunicam as suas causas usando, especialmente, as redes sociais.
A artesã amazonense Samela iniciou sua trajetória ao representar a associação de mulheres indígenas onde cresceu. Influencer da causa indígena e ambiental no cenário nacional e internacional, é creator pelo projeto de lei de iniciativa popular Amazônia de Pé.
Moradora de um pequeno povoado na Patagônia chilena, viu as geleiras de sua região derretendo e decidiu ser ativista pelas águas glaciais. Ela é cofundadora do movimento "Mil Ações por Uma Mudança", que surgiu no projeto Concausa do UNICEF. Catalina também é diretora executiva da Red Kimlu para formação científica para jovens no Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai.
O jovem de 13 anos é fundador do grupo Guardianes por la Vida, que reúne membros na Colômbia, Argentina e México pela defesa da natureza e dos animais. Após receber ameaças pelo seu trabalho, foi homenageado pela ONU. Hoje é Embaixador da Boa Vontade da União Europeia e Conselheiro da Criança na ONU.
A paraibana é defensora da justiça climática no nordeste, sendo a única nordestina da delegação Fridays For Future na COP26. Além disso, Mikaelle foi uma das autoras do manifesto do Climaty Reality, que reivindica uma educação climática no Brasil e da carta ao presidente dos Estados Unidos Joe Biden, dias antes da Cúpula do Clima.
Sumak Helena Gualinga - Equador
Porta-voz da comunidade Kichwa Sarayaku, Sumak é defensora dos direitos indígenas e do meio ambiente, denunciado os efeitos da exploração petrolífera. Começou o "Polluters Out", coalizão global de jovens que exigiu que a COP 26 e a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) recusassem financiamentos de empresas de combustíveis.
*Sabrina Cabral é ativista e criadora sobre a periferia nordestina no perfil @sanydapeste a partir de Fortaleza - CE. Inserida nas temáticas de sustentabilidade, direitos humanos e educação, Representante juvenil em iniciativas da ONU e Liderança no IYD Brasil. Fundadora da iniciativa Ruma para desenvolvimento sustentável no Nordeste Brasileiro.
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