Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Pesquisa indica caminhos para que a tecnologia alavanque a inclusão escolar
Em 2014, participei pela primeira vez da conferência Zero Project. Promovida pela Fundação Essl, essa iniciativa reúne representantes de empresas e organizações de todas as partes do mundo com o objetivo de reconhecer e divulgar projetos que se destaquem no processo de eliminação das barreiras enfrentadas por pessoas com deficiência. Desde então, nasceu o desejo de criar no Brasil um núcleo de pesquisas especificamente dedicado a explorar novas tecnologias digitais, voltadas à inclusão escolar.
Nesse ano, celebramos a criação de tal núcleo e acabamos de publicar sua primeira pesquisa, denominada "Tecnologias Digitais Aplicadas à Educação Inclusiva: Fortalecendo o Desenho Universal para a Aprendizagem". Esse estudo, fruto de uma longa e frutífera parceria com o Instituto Unibanco, teve por objetivo mapear o panorama atual das tecnologias educacionais digitais que têm potencial para favorecer o atendimento de estudantes com deficiência em salas de aula comuns. A pesquisa adotou uma abordagem exploratória, tendo em vista que deveria atuar como a "abre alas" do núcleo. A produção do seu conteúdo envolveu análise de dados bibliométricos, diagnóstico de dados conjunturais e descrição de casos.
O mapeamento contemplou dados quantitativos, tais como o Censo Escolar (INEP), o mapa das OSC (INEP) e os dados produzidos pela OCDE. Também foram utilizados dados qualitativos, como documentos presentes em sites e repositórios, tanto nacionais quanto internacionais, além de entrevistas baseadas em roteiro semi estruturado. O universo de entrevistados foi composto por professores, gestores escolares, técnicos da rede federal de ensino, representantes de organizações da sociedade civil e de grandes empresas de tecnologia.
As entrevistas com as gigantes globais revelaram uma crescente preocupação com acessibilidade, diversidade e inclusão. Porém, nota-se ainda uma certa escassez de soluções que sejam, em um só tempo, acessíveis desde sua origem e concebidas para atender todos os estudantes, sem exceção. Portanto, há ainda muito espaço para o desenvolvimento de tecnologias pensadas de forma a nascerem sem barreiras de uso e de acesso. Mais do que isso, há ainda muito espaço para explorarmos o virtuoso potencial de tais recursos para a redução das desigualdades educacionais.
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