Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
A copa mais social chega na metade; o que foi destaque até aqui
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
A mais polêmica e politizada Copa do Mundo de futebol masculino chega em sua metade com grandes surpresas dentro e fora das quatro linhas. Seleções que chegaram prometendo dar muito trabalho deixaram o campeonato ainda na primeira fase, exemplos de Bélgica e Alemanha. Outras, feito a Argentina, derraparam no começo, mas se recuperaram e seguem vivas.
Fora do campo de jogo, a FIFA, organizadora do evento, deu algumas chamadas públicas e ameaçou jogadores e dirigentes até com punições esportivas. O objetivo era evitar constrangimentos ao Qatar, país sede da edição 2022, e conhecido pela violação institucionalizada dos direitos humanos. Não funcionou muito, ainda bem, e aconteceram muitos protestos.
Quer você e eu queiramos ou não, um evento como este mobiliza atenção, engaja grande parte da população mundial e gera conversas importantes em famílias, no trabalho e nos bares e restaurantes por aí. Por isso sempre me interessa falar do esporte, em especial o futebol, como ferramenta de transformação social, mas também como plataforma de conscientização e debate público. A seguir, alguns momentos importantes até aqui.
O jogo que fez história
Stéphanie Frappart, Neuza Back e Karen Diaz entraram para a história das copas. Pela primeira vez uma partida teve arbitragem 100% de mulheres. Aconteceu no jogo Costa Rica e Alemanha. Precisaremos esperar mais 21 edições para isso acontecer de novo?
One Love
Seleções europeias combinaram de jogar com braçadeira em alusão à luta pelos direitos LGBTIA+, mas a FIFA ameaçou punir, e elas recuaram. Na estreia da seleção inglesa, a repórter da BBC, Alex Scott, ignorou a censura e foi ao ar, ao vivo, com a braçadeira. A ministra alemã, Nancy Faeser, repetiu o gesto na tribuna de autoridades do Catar.
Protesto da Alemanha
Contra a orientação da FIFA, e buscando chamar a atenção do mundo para a luta pelos direitos humanos, a seleção alemã tapou a boca na hora da foto oficial. O gesto é histórico e mostra como futebol conversa com os movimentos da sociedade.
Seleção do Irã não canta o hino
Antes do jogo contra a Inglaterra, jogadores iranianos não cantaram o hino do país em apoio aos protestos que tomam as ruas desde setembro, após morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que estava sob responsabilidade do Estado. Mahsa foi presa, acusada de violar regras de vestimenta para mulheres. Uma onda de manifestações corre o país há três meses, liderado por centenas de mulheres. No sábado, 3, o governo do país suspendeu a atuação da polícia responsável pela prisão e sinalizou uma revisão da lei, que existe desde os anos 1980.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.