Para ficar de olho: cinco jovens talentos que estão transformando o Brasil
Os jovens desempenham um papel essencial na transformação da realidade de um país. Com sua energia, criatividade e conexão com novas ideias, são agentes de mudanças sociais e políticas. Eles questionam normas estabelecidas, lideram movimentos por justiça e sustentabilidade, além de impulsionarem inovações tecnológicas. Quando engajados, ajudam a moldar um futuro mais inclusivo, democrático e alinhado às necessidades da sociedade contemporânea.
No Brasil, é considerado jovem todo indivíduo de 15 a 29 anos. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existem aproximadamente 47 milhões de pessoas nessa faixa etária no país, ou seja, cerca de 23% dos brasileiros e brasileiras. Hoje, metade da população mundial tem menos de 30 anos. Estima-se que, até o final de 2030, os jovens representarão 57% da população do planeta.
Para celebrar a potência da juventude, selecionei cinco pessoas que estão fazendo e criando coisas diferentes para este mundo que ainda vem aí. Há outras dezenas de centenas deles que vale muito acompanhar de perto. A depender destas pessoas, o mundo será um lugar bem melhor que hoje para todos os seres.
Yane Mendes, Recife
É uma cineasta periférica da favela do Totó, em Recife, e uma educadora social comprometida com a transformação e valorização dos territórios de periferia. Sua trajetória é marcada pelo uso da câmera como ferramenta de denúncia das violações de direitos e pela produção de filmes que promovem reflexões críticas sobre a vida nas periferias e a dignidade dos seus moradores.
Como coordenadora da Rede Tumulto, Yane atua na promoção de articulação, comunicação e formação com diversas periferias de Recife, buscando fortalecer as vozes e os saberes desses territórios. Ela também integra a Articulação de Negras Jovens Feministas (ANJF) e contribui para o Movimento de Mulheres do Audiovisual de Pernambuco (MAPE).
Wellington Amorim, São Paulo
É cofundador da Maloka Filmes e possui uma trajetória marcante no cinema e na produção audiovisual. Ele dirigiu o curta-metragem documental "O Preço" (2014) e foi apresentador e roteirista de três episódios da série "Explorer Investigation" (2018) do National Geographic. Em 2020, assinou a produção executiva e a direção de fotografia do curta-metragem ficcional "Perifericu" e a direção de fotografia do curta documental "Dub-Magneficente".
Well também produziu e dirigiu seu primeiro longa-metragem documental, "Raízes", que teve sua estreia na Mostra de Cinema de Tiradentes (2020) e conquistou prêmios de melhor filme no Festival de Cinema Negro em Ação (2020) e no Festival Visões Periféricas (2021).
Ruth Nayane, Belém
Ela é jurunense formada em Licenciatura em História pela Universidade da Amazônia e Produtora Cultural. Jurunas é uma das periferias de Belém. Atua como diretora do Museu D'água e como professora titular do projeto SOS Enem e do curso Direcionado. O Museu D'água é uma iniciativa inspiradora que usa a memória da população local para educar sobre as transformações e urgências climáticas. Vale ler essa coluna que já escrevi sobre ela.
Karinne Costa, Recife
Nascida em Catende, Pernambuco, Karinne é formada em publicidade e propaganda e tem especialização em Urbanismo Social. Nos últimos oito anos, sua atuação profissional tem sido voltada especialmente para as áreas de Comunicação e Responsabilidade Social. Tem estado envolvida na criação, coordenação, sistematização e monitoramento de ações e projetos, desenvolvendo estratégias de marketing institucional e fortalecendo diversas camadas de relacionamento. Mas é na literatura uma de suas grandes contribuições. Poeta, já lançou um livro de maneira independente e prepara para o fim de 2024 a sua estreia oficial a partir de uma editora.
Júlio Cesar, São Paulo
Nascido em 1996 em São Paulo, Júlio formou-se em Educação Física e encontrou nas ruas da capital paulista sua paixão pela fotografia. Com sua câmera, começou a explorar o cotidiano e a diversidade da cidade, capturando momentos que refletem tanto a beleza quanto os desafios da vida urbana. Seu olhar sensível se desenvolveu em meio aos movimentos culturais da Zona Sul, onde frequenta saraus, debates políticos e eventos que promovem a expressão das periferias.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.