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'Brasil voltou para cuidar da Amazônia', diz Marina Silva no fórum de Davos

Marina Silva discursa durante o Fórum Econômico Mundial 2023 - 16.jan.2023 - Reprodução/World Economic Forum
Marina Silva discursa durante o Fórum Econômico Mundial 2023 Imagem: 16.jan.2023 - Reprodução/World Economic Forum

19/01/2023 15h11

A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, participou nesta quinta-feira (19) de seu último painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, e afirmou que o Brasil "voltou" para cuidar da Amazônia e para "liderar pelo exemplo" na proteção ambiental.

Chamado de "A Amazônia em um encruzilhada", o painel ainda contou com o governador do Pará, Helder Barbalho, o cientista brasileiro Carlos Afonso Nobre e representantes internacionais.

Marina fez uma fala rápida porque informou que precisa retornar para o Brasil ainda nesta quinta-feira e reforçou que o país "tem uma boa experiência em controlar o desmatamento e a devastação da Amazônia".

Lembrando de sua primeira passagem pelo Ministério do Meio Ambiente, nos primeiros governos de Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra ressaltou que o país "diminuiu 80% da destruição da Amazônia" e que a nação foi a primeira "a ter metas de produção de CO2".

"Daquela vez, foi tudo muito difícil porque precisamos criar tudo do zero, criar as metas, criar o monitoramento em tempo real da destruição. [...] Mas, agora, será muito difícil também porque o governo [de Jair] Bolsonaro fez um apagão em toda a estrutura", disse referindo-se aos cortes de equipes de vigilância, enfraquecimento das agências de controle e a redução no orçamento para o setor.

A ministra reforçou as ações já tomadas por Lula assim que tomou posse, como a reativação do Fundo da Amazônia e a recriação de secretarias, e destacou que o trabalho de cuidado com o meio ambiente será realizado com a ajuda de 17 ministérios.

"Compreendemos que a proteção da Amazônia é um dever nosso, e vamos liderar pelo exemplo, mas precisamos de uma forte parceria dos que apoiam a Amazônia", acrescentou, pontuando que é preciso de ajuda de órgãos internacionais, empresas e diversas organizações não só para proteger a floresta, mas também para levar "desenvolvimento sustentável" para a área.

Sem citar datas, Marina ainda revelou que "em breve" Lula irá fazer uma reunião com os chefes de governo de todos os países que abrigam a floresta amazônica para debater a integração e soluções para a região.