Aquecimento global derrete geleiras e revela corpo de alpinista morto há 20 anos

Em meados de agosto, um guia de montanha na Áustria descobriu o corpo de um alpinista em uma geleira, identificado nesta terça-feira (22) pela polícia como sendo provavelmente de um austríaco de 37 anos, que desapareceu há mais de 20 anos.

O derretimento recorde observado nos Alpes pelos cientistas, como resultado do aquecimento global, está fazendo com que os restos mortais de pessoas que desapareceram há décadas apareçam com frequência cada vez maior.

O corpo foi encontrado em 18 de agosto na geleira Schlatenkees, no Tirol, a uma altitude de cerca de 2.900 metros, informou a polícia local em um comunicado.

Uma mochila contendo um cartão bancário e uma carteira de motorista foi encontrada abaixo da geleira, levando os investigadores ao rastro do homem que havia se envolvido em um acidente em 2001.

Serão realizados testes de DNA para confirmar esses elementos. Os resultados são esperados "em algumas semanas".

No final de junho, outros restos humanos e fragmentos de esquis foram encontrados na mesma geleira Schlatenkees, que registrou o maior recuo (89,5 metros) em 2021/22, de acordo com o relatório anual do Clube Alpino Austríaco.

"É muito raro encontrar um corpo inteiro e restos mortais em um espaço de tempo tão curto", comentou o porta-voz da polícia Christian Viehweider, entrevistado pela AFP.

Na vizinha Suíça, os restos mortais de um alpinista alemão, de 38 anos, que estava desaparecido desde 1986 também foram descobertos em julho na geleira Théodule (sul).

(Com AFP)

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