Há 135 anos, neste mesmo 13 de maio, a princesa Isabel assinava a Lei Áurea, que pôs fim ao regime de escravidão no Brasil. A liberdade, no entanto, foi fruto da constante pressão social, com a participação maciça de pessoas negras e de diferentes esferas sociais, e não um "benefício" concedido pela realeza.
Ecoa mostra parte destas histórias não contadas a partir das trajetória de quatro personagens que, cada um a sua maneira, contribuíram com a mobilização contra a escravidão.
No campo das artes, a primeira maestrina brasileira, Chiquinha Gonzaga, se engajou no movimento abolicionista e desafiou o marido para libertar um homem escravizado. Já a artista Plácida dos Santos chamou a atenção em cena, durante o período da escravidão e o auge da luta abolicionista, sendo a primeira brasileira e negra, a fazer "furor" em Paris e enfrentando estereótipos.
Por sua vez, Castro Alves não deteve as palavras para criticar a escravidão e apelar pela abolição do regime, enquanto Bento Epaminondas foi líder do abolicionismo negro e conseguiu liberdade (e indenizações) para centenas de pessoas que o sistema tentava "reescravizar".