Se nos séculos 19 e 20 os italianos, alemães e japoneses vieram ao Brasil para fugir de guerras e da fome, na condição de imigrantes, hoje são majoritariamente os venezuelanos, sírios e congoleses que deixaram os seus lares e encontraram no país uma chance para recomeçar com status de refugiados.
Segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), há mais de 57 mil pessoas com status de refugiado no Brasil. A Lei brasileira concede refúgio para quem é perseguido por conta da sua raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas e para quem sofre graves violações de direitos humanos no seu país de origem.
A ativista Bruna Kadletz defende que é preciso apoiar essas pessoas respeitando sua história e individualidade. "Nomenclaturas oficiais e números estrondosos podem nos levar a esquecer ou deletar a humanidade e individualidade de cada um", afirma.
Bruna abandonou a profissão de dentista em 2008 para se dedicar ao voluntariado em países como África do Sul, Líbano e Jordânia. Em 2017, fundou a Círculos de Hospitalidades, uma organização que desenvolve projetos educacionais, socioeconômicos e culturais para imigrantes no Brasil. Com sede em Florianópolis (SC), a instituição atendeu 4 mil pessoas e doou 40 toneladas de alimentos no ano passado.
Leia, a seguir, histórias de pessoas que vieram da Venezuela, Síria e República Democrática do Congo. Elas participam da Círculos de Hospitalidade e contam por que vieram para o Brasil e o que tiveram que deixar para trás.