No século passado, imaginar que carne à base de plantas ou feita em laboratório — com sabor e textura muito próximos à animal — faria parte da dieta de uma parte significativa da população era pura ficção científica. Hoje, essas inovações são uma realidade cada vez mais disseminada, e seu consumo vai além do público vegetariano e vegano.
As alternativas vegetais a carnes, leite e derivados vêm ganhando espaço no mercado nos últimos anos. Segundo a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International, a indústria global de carne vegetal foi avaliada em R$ 22,8 bilhões em 2020, 24% maior do que em 2019. Já a de leite vegetal foi estimada em R$ 91,6 bilhões no ano passado.
Na mira do mercado, estão as pessoas conhecidas como flexitarianas, gente que tem procurado, por diferentes razões, diminuir o consumo de produtos de origem animal em sua dieta, sem necessariamente almejar se tornar vegetarianas ou veganas.
E a demanda por esses produtos vem aumentando. Uma pesquisa realizada em 2020 no Brasil pela ONG The Good Food Institute (GFI), em parceria com o Ibope, indicou que metade dos participantes havia reduzido seu consumo de carne no ano anterior. Em 2018, eram 29%.
A corrida é grande para colocar no mercado uma variedade cada vez maior de produtos vegetais análogos a alimentos de origem animal e abocanhar uma fatia deste setor que segue em crescimento ao redor do mundo.