"Sempre tentei trazer as soluções, e não os problemas. Porque no geral a gente já sabe quais são os problemas. A gente já sabe que [o lixo] é impactante, que jogar lixo no chão é ruim, que polui o mundo. Então, sempre pensei em focar nas soluções, discutir os problemas a partir delas, porque acho que é mais convidativo pras pessoas — e, de fato, sinto que tem uma resposta muito boa nesse sentido.
Ninguém quer se sentir mais culpado pelo que não faz. E, normalmente, a comunicação de sustentabilidade que se vê é muito apontar o dedo pras pessoas e falar: não jogue lixo no chão. Mas e a prefeitura, botou lixeira na rua pra eu não jogar lixo no chão? Me ensinou antes? Tem essa culpabilização do indivíduo que parte tanto do Estado, que quer fingir que não tem responsabilidade, tanto das empresas, que querem fingir que não são responsáveis pelas embalagens que produzem.
Me coloco muito disponível para conversar com as pessoas e aprender com elas. Sempre falo que sou como um aglomerador de conteúdo, e não a pessoa que mais sabe. Todo mundo tem alguma coisa pra aprender e todo mundo tem alguma coisa pra ensinar. Várias das coisas mais incríveis que eu compartilho com as pessoas, foram elas próprias que me deram."