"Na entrega da minha dissertação de mestrado, a dedicatória foi para os meus pais que não conheciam essa possibilidade escrita, e para os meus filhos, para lembrarem que há uma possibilidade de igualdade.
Quando me tornei coordenador da escola Pamáali criamos uma rede de escolas baniwas com 20 escolas e cerca de 200 estudantes. Quero mostrar que aqui é rico de conhecimento, mais até do que na cidade.
Nós devemos falar por nós mesmos. Eu também gostaria de fazer um doutorado, mas daqui. Daqui, eu quero criar a oportunidade. Dar essa entrevista é poder expandir nossa voz.
Os nossos direitos foram sendo reduzidos, principalmente dos povos originários, sob esse atual governo. Então, a Txai Suruí falando [como representante do Brasil na abertura da COP26] é mostrar mundo afora nosso protagonismo.
Também quero falar lá na COP um dia, seja através de uma garota baniwa, ou de uma neta minha, das gerações futuras. Esse legado está sendo construído."