"Sempre fui um aluno muito conversador, e por isso me colocaram para ser monitor da biblioteca da escola. Eu não gostava desse trabalho, mas um dia - lembro como se fosse hoje -, vi ali um livro chamado 'Os Miseráveis', que era uma versão resumida da obra de Victor Hugo.
Falei 'vou ler esse livro, já que não estou fazendo nada'. Desde então, não parei mais de ler. Com a literatura eu comecei a conhecer personagens, a viajar com eles, a alimentar meus sonhos. Os livros proporcionam um momento de quebra de paradigma, de olhar para o universo além da bolha social que nos é imposta.
E eu disse: 'vou me formar na faculdade e vou devolver tudo o que a educação fez pela minha vida'. Isso ficou no meu coração e eu tinha certeza de que ninguém mais poderia me parar. Estava obstinado a conseguir os recursos necessários para permitir que os jovens do interior do meu estado tivessem acesso a tudo que eu tive."