"Somos um único povo e não vamos sair da base da pirâmide se não agirmos em coletivo e atuarmos intencionalmente nisso, mas ao mesmo tempo podemos montar a nossa própria estrutura. É novo, mas é ancestral. Reconstruir essa ancestralidade sempre foi um processo coletivo, colaborativo e também um processo cíclico de busca por uma real liberdade.
O Movimento Black Money é uma movimentação de estrutura. É quase que uma reforma provocada pela sociedade civil para questões que não estão visíveis, não estão na mesa. O que está visível é o efeito, não a causa — a gente vê o número de desempregados negros, fome e miséria no país, encarceramento em massa e genocídio da população negra, mas o que provoca isso, a estrutura que foi alicerçada durante séculos sobre uma população a gente não vê.
O Movimento Black Money lida com essa estrutura desde o letramento racial, conhecimento de como a gente precisa se aprofundar até arrancar essas raízes de desigualdade, ao mesmo tempo em que lida com uma reestruturação: criar oportunidades a partir da educação, de visibilidade, digitalização de negócios pretos e investimento nestes negócios."