São apenas cinco anos de carreira, mas Christian Malheiros já arrombou muitas portas, como ele diz. Seu filme de estreia, "Sócrates" (2018), rendeu ao jovem de 22 anos uma indicação de melhor ator no Independent Spirit Awards, principal premiação do cinema independente. Ao lado de Rodrigo Santoro, foi protagonista em "7 Prisioneiros" (2021), longa sobre o trabalho escravo moderno.
Também é destaque na série "Sintonia", na Netflix, e na última temporada de "Sessão de Terapia", no Globoplay. Para completar, foi homenageado como um dos principais jovens brasileiros nas artes, na lista Forbes Under 30.
Christian nasceu e cresceu na periferia de Santos. Aos 9 anos, escondido da mãe, entrou de brincadeira numa oficina de teatro do Projeto Mais Educação e nunca mais parou de atuar. "Eu tenho muito orgulho de falar que sou fruto de políticas públicas dentro da periferia. Fui salvo pelo teatro. Eu não sei onde estaria agora se não fosse isso. Eu poderia estar no tráfico. Eu poderia ser o Nando (personagem da série Sintonia). Ou poderia ser uma pessoa comum. Mas não sou, graças ao teatro. Eu sou o teatro, eu sou o meu ofício."
Em entrevista a Ecoa, Christian Malheiros conta sua história, discute o papel social do cinema e a importância de políticas públicas de cultura para jovens da periferia.