Depois de algumas décadas de negociações entre construtoras, poder público e moradores, a região central de São Paulo comemorou a chegada de uma nova área verde pública na cidade.
O Parque Augusta abriu suas portas no início de novembro e recebeu, segundo a prefeitura, cerca de 100 mil visitantes no primeiro mês de funcionamento, evidência da demanda por espaços verdes na capital.
A inauguração do novo parque no centro levantou questionamentos sobre a prioridade de investimentos públicos e o fato de que muitos dos parques reivindicados há anos por moradores das periferias de São Paulo ainda aguardam obras ou resolução de burocracias para serem abertos.
Entre as metas da atual gestão, está a implantação de oito novos parques da cidade — seis deles em áreas de periferia com poucas áreas verdes e espaços públicos de lazer. Recentemente, a população também viu abrir as portas o Nair Bello, em Itaquera e inaugurado em 2020, e o Lourival Clemente da Silva, em Paraisópolis, entregue à população em 2021.
Mas ainda é pouco. As lutas por parques nos bairros mais afastados do centro se arrastam por várias décadas e lideranças se queixam que falta vontade política para garantir mais verde e lazer nas periferias.