Ele frequentou redações e praticou reportagens jornalísticas regularmente até dez anos atrás. Isso foi antes de se lançar de vez na carreira de escritor. Depois de três livros e vários prêmios na trajetória — entre eles três Jabutis —, Julián Fuks volta a escrever periodicamente com sua coluna semanal em Ecoa.
"A literatura ajuda a descrever e a entender a realidade. Quero ir além do noticiário, aprofundar pensamentos e ser capaz de apresentar um outro olhar."
Seus dois primeiros textos — "A rejeição mais coletiva da morte já registrada na história" e "Falência do tempo" — já revelam a busca por inquietações universais e sentimentos contemporâneos por trás da atual pandemia. No primeiro, ele descreveu o pavor da morte através dos séculos e dos livros. No segundo, o tema é a suspensão do tempo e a incapacidade de ver algum horizonte que muitos estão vivenciando agora e já foram descritas em prosa e poesia.
"A existência humana tem muito de cíclico e repetitivo. E eu quero pensar como uma literatura do passado reverbera no presente, mas também como a literatura atual revela o que está acontecendo."