Legado vivo

Conheça os indicados à categoria Fizeram História do 2º Prêmio Ecoa e escolha quem será nosso homenageado

Paula Rodrigues de Ecoa, em São Paulo (SP) Arte/UOL

Seja na política institucional, no meio da floresta, em institutos, escolas, por conta própria ou com ajuda de mais gente, muitas pessoas foram fundamentais para a conquista e o fortalecimento de direitos básicos que temos hoje no Brasil.

São pessoas que dedicaram a vida a lutar pela preservação do meio ambiente, por equidade de gênero e racial, por acesso à educação... Pessoas que trouxeram os mais vulneráveis para o centro do debate, que ajudaram de inúmeras formas os que mais precisavam.

Muitos não viveram tempo suficiente para assistirem suas batalhas se tornarem vitórias, mas os legados deixados por cada um estão mais vivos do que nunca, reverberando e inspirando os passos de quem veio e ainda virá depois.

Ecoa tem contado sobre essas lutas, desafios e conquistas, e, agora, algumas dessas pessoas são finalistas na categoria Fizeram História, da 2ª edição do Prêmio Ecoa.

10 nomes de brasileiros que lutaram por um país melhor foram selecionados com base no conteúdo publicado por aqui, e agora você pode votar para eleger o vencedor ou vencedora. Vote abaixo e leia mais sobre cada finalista neste especial Fizeram História, da 2ª edição do Prêmio Ecoa.

Arte/UOL

Vote!

Escolha quem deve levar a categoria Fizeram História no 2º Prêmio Ecoa. Aproveite para escolher também quem é a personalidade que está usando sua voz por um futuro melhor.

Luta ambiental

  • Chico Mendes

    Símbolo da luta pela preservação da Amazônia, Chico Mendes liderou protestos contra a exploração de trabalhadores rurais e o desmatamento. Sua atuação ganhou destaque no cenário nacional e internacional, sendo reconhecida pela ONU. Um dos principais legado do ambientalista foi a criação de Reservas Extrativistas, áreas protegidas por lei, onde são permitidas apenas atividades sustentáveis das comunidades tradicionais locais. A iniciativa desencadeou a criação de outros tipos de unidades de conservação. Chico ainda foi o responsável por criar o Projeto Seringueiro, de educação popular, que alfabetizou milhares de pessoas nos seringais.

    Imagem: Miranda Smith/Wikimedia Commons
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  • Xicão Xukuru

    Xicão Xukuru virou cacique por volta de 1985, quando começou a trabalhar para resgatar tradições antigas do povo Xukuru, de Pernambuco. Grande defensor da educação para povos indígenas, ele ficou mais conhecido por defender o reconhecimento das terras de seu povo, lutando para recuperá-las de fazendeiros invasores. O cacicado de Xicão foi fortemente marcado por conscientização do povo sobre seus direitos, chegando a criar uma articulação política entre várias aldeias -- até hoje, todo dia 20 de maio, uma assembleia acontece na região para discutir assuntos importantes e valiosos para os povos indígenas.

    Imagem: Álbum de família
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Educação

  • Paulo Freire

    Considerado um dos maiores educadores do mundo, com mais de 30 livros publicados (sendo 'Pedagogia do Oprimido' a terceira obra com mais menções em trabalhos acadêmicos internacionais), o pernambucano Paulo Freire dedicou a vida à educação. Foi grande crítico do que chamou de "educação bancária", mais tradicional, e criou o conceito de "educação libertadora", em que o aluno é estimulado a participar ativamente, contrariando a ideia de que só o professor ensina. Na Educação pensada por Freire, todo mundo tem o que ensinar e aprender.

    Imagem: Divulgação/ Instituto Mosaico
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  • Dorina Nowill

    Dorina Nowill foi a primeira estudante cega da tradicional Escola Normal Caetano de Campos, em São Paulo (SP). Chegou a morar em Nova York, em 1946, para se especializar no ensino de pessoas cegas. E desde aí não parou: criou o Departamento de Educação Especial para Cegos, publicou livros em braille, foi eleita presidenta da Fundação para o Livro do Cego no Brasil (que, na década de 1990, foi rebatizado com o nome de Dorina) e diretora do primeiro programa federal para cegos do Ministério da Educação. Na ONU, passou a lutar por treinamento, inclusão e acessibilidade para pessoas cegas.

    Imagem: Reprodução/Fundação Dorina Nowill
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Antirracismo

  • Luiz Gama

    Um dos mais importantes aboliscionistas do país, Luiz Gama nasceu livre, mas ainda muito novo foi vendido como escravizado por seu próprio pai. Aos 18 anos, após reunir provas suficientes de que era ilegal mantê-lo em escravidão, ele fugiu. Autodidata, aprendeu sobre leis e advocacia sozinho -- até tentou uma vaga no curso de Direito do Largo de São Francisco, mas foi recusado por ser negro. Pouco importou. Luiz Gama se tornou advogado e passou a defender o direito à liberdade da população negra, tendo libertado mais de 500 pessoas da escravidão.Só em 2017 a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) conceceu o título de advogado a Gama.

    Imagem: Reprodução
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  • Maria Firmina dos Reis

    A maranhense Maria Firmina dos Reis é a primeira mulher a publicar um romance no Brasil. Aos 37 anos, em 1859, lançou 'Úrsula', que trazia outra novidade para a literatura no país: a obra foi escrita do ponto de vista de escravizados, sendo considerado um romance abolicionista.Também foi pioneira ao ser a primeira mulher aprovada em concurso público. Já em 1880, criou em Guimarães (MA) uma escola mista, tanto para meninos quanto para meninas, o que era raro na época, já que eram poucas as mulheres que tinham acesso à educação formal.

    Imagem: Reprodução
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Direitos LGBTQIA+

  • João W. Nery

    Desde muito novo, João W. Nery se identificava com o gênero masculino, apesar da pressão de familiares e colegas para ser mais "feminino". Envolvido desde a juventude com causas sociais, foi seu segundo livro publicado, 'Viagem Solitária' (2011), que o projetou nacionalmente como uma referência da causa trans. João participou do projeto de Lei de Identidade de Gênero, que serviu para impulsionar o debate sobre a importância de se pensar uma legislação para a população trans no Brasil. Após sua morte, em 2018, recebeu postumamente o prêmio Direitos Humanos do extinto Ministério dos Direitos Humanos, além do título Honoris Causa pela Universidade Federal de Mato Grosso.

    Imagem: Divulgação/NatGeo
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  • Brenda Lee

    Brenda Lee foi sinonimo de acolhimento na década de 1980. Quando a Aids surgiu, o preconceito contra a população LGBTQIA+ se intensificou. Brenda, então, passou a abrigar pessoas dessa comunidade em sua casa, em São Paulo (SP). Fundou o "Palácio das Princesas", em 1986, que dava atendimento médico e social à pessoas com HIV. Assim, começou a ser conhecida como o "anjo da guarda" de travestis. Dedicou a vida a ajudar essa população mais vulnerabilizada, e, por isso, o estado de São Paulo concede até hoje o Prêmio Brenda Lee para cidades com boas políticas para IST/HIV e Aids.

    Imagem: Reprodução
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Política institucional

  • Bertha Lutz

    Estudando na França, Bertha Lutz conheceu os movimentos feministas que se espalhavam pela Europa àquela época. Diretamente influenciada por essas mulheres, voltou ao Brasil, em 1919, e logo criou a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher (LEIM) e promoveu o primeiro congresso feminista do país, em 1922. Todo trabalho e vida de Bertha foram voltados à defesa do direito ao voto feminino e da possibilidade das mulheres serem eleitas -- o que se tornou possível em 1932. Depois disso, Bertha conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados e seguiu lutando pelos direitos da mulher, como a licença-maternidade com duração de três meses, equidade salarial e a redução da carga horária de trabalho.

    Imagem: Wikimedia commons
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  • Mario Juruna

    Primeiro indígena eleito deputado federal no Brasil, Mario Juruna já costumava ir para Brasília para cobrar mais atenção do governo às pautas indígenas. Em plena ditadura militar, Juruna não se intimidava e percorria escritórios com um gravador em mãos, já que, segundo ele, o homem branco "mentia muito". Em 1983, assumiu o cargo de deputado após receber cerca de 30 mil votos. Foi o responsável por criar a Comissão Permanente do Índio no Congresso Nacional e por promover o primeiro Encontro de Lideranças dos Povos Indígenas do Brasil.

    Imagem: Jefferson Rudy/Folhapress
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