"Para contar a história do instituto, preciso falar um pouco antes da história da minha família: em 2018, eu e a Marina já éramos pais da Carolina, que na época tinha 5 anos. E do Felipe, que tinha 2 anos e meio. Em fevereiro nasceu Pedro e, um dia depois do nascimento, a gente recebeu o diagnóstico: síndrome de Down.
Durante os 21 dias em que ele ficou na UTI, por ter nascido prematuro, a Marina e eu começamos a receber informação e acolhimento, conversando com pais e mães de crianças com síndrome de Down e também com pessoas com deficiência. Entendemos que, na jornada em que estávamos prestes a entrar, havia luz no fim do túnel.
Essa luz era a possibilidade de o Pedro ser feliz, ser protagonista da própria história. Poder alcançar tudo aquilo que ele quisesse e pudesse. Foi um processo, uma virada de chave: passei de questionar a Deus por que ele tinha me mandado um filho com síndrome de Down, a questionar a Deus por que ele levou tantos anos para me apresentar algo que eu já devia conhecer, independentemente de ser pai do Pedro."
Henri Zylberstajn, fundador do Instituto Serendipidade