Lucas di Grassi é ex-piloto da Fórmula 1 e campeão da categoria só com carros elétricos, a Fórmula E. No futuro, prevê que ônibus, motocicletas, patinetes, bicicletas, caminhonetes e carros particulares sejam elétricos iguais ao carro que o tornou campeão. As cidades serão, acredita ele, mais silenciosas, menos perigosas e poluídas. Em duas décadas, pode haver até um carro voador no céu, aposta. E elétrico. "Será mais barato do que um helicóptero e um pouco mais caro do que um Uber."
Nascido em São Paulo e morador de Mônaco, di Grassi defende que as fontes renováveis brasileiras, como as hidrelétricas, eólicas e solares podem ajudar o país a estimular o fim dos carros movidos a combustível fóssil, que usam petróleo e emitem poluentes na atmosfera, e criar uma cadeia sustentável e renovável. O mesmo objetivo está na agenda de grandes poluentes, com os Estados Unidos, Europa e China.
Segundo ele, seria preciso aliar governo com a iniciativa privada para criar pontos de recarga, competição entre empresas e isenção de taxas para baratear o veículo eletrificado. O piloto de 37 anos foi a Brasília apresentar ideias a ministros, mas acredita que nem Jair Bolsonaro (PL) nem os governos anteriores de Dilma Rousseff (PT), Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) lideraram o país para uma energia mais verde.
Para Ecoa, di Grassi aponta caminhos para chegar a um futuro mais sustentável. "No futuro, [ter um carro a combustão] vai ser igual fumar no avião."