Em 2012, a revista americana Fast Company listou o brasileiro Lourenço Bustani, então com 32 anos, como uma das 100 pessoas mais criativas no mundo dos negócios. Ele foi o único representante do nosso país na lista.
O reconhecimento veio por conta de sua empresa de consultoria empresarial, a Mandalah, fundada em 2006, em São Paulo, e com escritórios espalhados por cidades, como Portland e Nova York (EUA), Tóquio (Japão), Berlim (Alemanha) e Cidade do México
Nos últimos dez anos, discurso de Bustani deixou de ser uma excentricidade no mundo dos negócios, "vide o lugar que a palavra 'propósito' ocupa hoje nas salas de conselho das principais empresas do país.", diz o consultor.
Mas nem sempre é fácil trazer uma consciência - palavra que ele gosta de repetir, sempre com propriedade - para o empresariado, que faça com que os negócios, muito além do lucro, também busquem impactar positivamente a vida em sociedade.
"A consciência se elevou muito desde que plantamos essa sementinha em 2006, mas consciência e ação nem sempre andam juntas. Pois apesar da consciência de que negócios precisam ser mais justos, equitativos e regenerativos, lideranças são ainda reféns de pontos cegos sustentados pela ganância, mindset de escassez, medo e curto prazismo", afirma Bustani.
"Uma voz lá dentro sabe o que deveria ser feito, mas a voz do ego fala mais alto.", diz. "E assim seguimos cultuando bilionários como as grandes referências de um mundo atrofiado pela desigualdade. Vai entender..."