O que a crise traz não é uma transformação total das realidades, mas sim uma aceleração de realidades que já apontavam cenários de futuro. Alguns exemplos são o trabalho remoto e a gig economy (economia freelancer), com o enfraquecimento das organizações e a necessidade de trabalhar de forma independente. Isso gera vários desafios, como a dificuldade de suporte e o desamparo que a falta de infraestrutura acabam trazendo. Mas o mais interessante é a reflexão sobre a real necessidade de cada trabalho em um novo contexto de mundo, do que é importante para trabalhar bem.
Aqui na Flag (holding de empresas disruptivas) passamos por três estágios desde o início da pandemia: o primeiro foi de se fechar e proteger; o segundo, de garantir a saúde das pessoas e das empresas, cuidando para que todas elas pudessem se adaptar e continuar operando, e o terceiro é a criação do novo. Ou seja, quais são as soluções que devemos trazer para o mercado em função desse novo contexto.
Também montamos um guide para nossos principais clientes sobre como se posicionar nesse momento de pandemia. No guide passamos por quatro fases e em cada uma delas há uma recomendação de posicionamento. A primeira foi a de ignorância mesmo, a segunda, de contaminação, a terceira, de quarentena e a quarta fase é a retração. Na primeira fase sugerimos apenas observar. Na segunda, a recomendação é para as marcas agirem com responsabilidade social. E aqui é importante evitar qualquer oportunismo e agir sempre com muita empatia. A terceira é de execução, de criação. Quais são os serviços e os conteúdos que de alguma forma vão dar suporte ou potencializar aquilo que precisa ser feito? A quarta fase, em que ainda não chegamos, é a de ressocialização, é estabelecer essa nova conexão. Vamos estar todos trabalhando nessa nova realidade, que é um efeito do que estamos passando.