Oskar Metsavaht, 60 anos, sempre foi ligado à natureza: seu sobrenome significa "guardião da floresta" em estoniano. Vivendo no Rio de Janeiro, o diretor criativo da grife Osklen e do estúdio OM.art teve a oportunidade de assistir a Eco-92 —mais tarde, o idealizador da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, Maurice Strong, se tornou seu mentor.
"Foi ali onde se cunhou o conceito de desenvolvimento sustentável. Ele é muito importante e simples de compreender. A minha geração pensava: temos de preservar o planeta, não podemos tocar na natureza para o desenvolvimento econômico. Mas era muito romântico, porque a história da civilização humana é se desenvolver economicamente, até para poder distribuir renda, melhorar a qualidade de vida das pessoas", diz.
Em 1994, já envolvido com as questões ambientais, Metsavaht embarcou em uma expedição na Amazônia que influenciaria definitivamente em sua decisão de se tornar um ativista pelo meio ambiente.
"Lá, você vê aquela riqueza da biodiversidade, das culturas e conhecimentos ancestrais indígenas, são coisas muito potentes, mas ao mesmo tempo vê a extração do garimpo, o impacto de madeireiras. É a riqueza da natureza e do espírito humano versus a força econômica de uma coisa destruidora. Você olha e diz: que coisa antiquada."
Hoje, aliando sua atuação na moda e como artista às atividades de ativista socioambiental, ele defende conceitos como o ASAP, de transição de empresas para cadeias mais responsáveis. E, à frente do Instituto-E, ajuda a conectar instituições acadêmicas e científicas, ONGs, iniciativa privada e outros agentes para promover projetos e ideias de desenvolvimento sustentável.