Nos últimos 15 anos, Ricardo Rocha caminhou dezenas de quilômetros para fotografar as flores do interior de Minas Gerais. Ele não é fotógrafo, nem biólogo. E, na maioria das vezes, se aventura sozinho. Assim, criou uma coleção com centenas de imagens do cerrado. Mas, uma delas foi especialmente difícil de registrar.
No topo da Serra do Pires, em Congonhas (MG), havia uma trilha até o topo onde o aventureiro poderia encontrar novas espécies. Ricardo sabia, porém, que o caminho não lhe garantiria sucesso: nesse terreno há buracos inesperados, insetos e serpentes. Os demais desafios lhe foram impostos pelo tempo: ele já tinha 60 anos e problemas cardíacos.