"Trabalho aqui como se estivesse em qualquer lugar do país", diz Samuel Engmann, que há meses, como tantos outros desde o início da pandemia, está em home office. A necessidade de isolamento social e as restrições de circulação aceleraram a transição de boa parte do mundo corporativo para o trabalho remoto. Foi a solução possível para manter uma infinidade de negócios em atividade.
Foi a flexibilidade do trabalho virtual que permitiu o gerente de produtos de 39 anos manter o emprego quando viu, em poucos meses, sua vida entrar num modo "montanha-russa".
No ápice da pandemia da covid-19, uma promoção o fez se mudar do Rio de Janeiro para São Paulo. Em seguida, a esposa recebeu um diagnóstico de câncer de mama. A terceira mudança em menos de sete meses foi para Goiânia, onde vive a família dela.
Mas, e agora? Qual deve ser o caminho com a crise sanitária, enfim, arrefecendo com o crescente ritmo de vacinação? Entre as empresas, a tendência parece ser a do trabalho híbrido, que permite o home office em alguns dias da semana. E há também quem aposte no "work anywhere", ou seja, trabalhar de onde estiver.
Seja qual for a opção, empresas precisam entender que há uma interdependência entre qualidade de vida e produtividade, avalia Mariane Guerra, vice-presidente de Recursos Humanos da ADP na América Latina. E soluções simples podem fazer a diferença.