As empresas já perceberam que ambientes de trabalho mais diversos são terreno fértil para a inovação. Além disso, os consumidores ficaram mais exigentes e o próprio mercado está de olho em companhias que promovam a inclusão de grupos tradicionalmente excluídos. O problema é que muitas das medidas adotadas pelo setor privado esbarram na falta de políticas públicas.
"A pauta da diversidade não é de responsabilidade exclusiva das empresas, mas é compartilhada com o Estado e a sociedade. As organizações sempre vão ter limitações para atuar nessa agenda", diz Ricardo Sales, sócio da consultoria Mais Diversidade.
Só que especialistas ouvidos por Ecoa dizem que as empresas são importantes na hora de apoiar e pressionar para que o Estado cumpra o seu papel.
Isso pode ser feito por meio do apoio aos movimentos sociais, aliados na identificação dos problemas e na proposição de soluções; pressionando o Executivo e o Legislativo a pautar programas e projetos que favoreçam grupos em vulnerabilidade social; e reagindo contra políticas de retrocesso, que prejudiquem o ambiente de negócios.
A seguir mostramos alguns dos gargalos das políticas de Estado, exemplos do que já tem sido feito e o papel das empresas na promoção da agenda de diversidade no mercado de trabalho.