No dia 2 de dezembro, o Prêmio Ecoa promoveu uma homenagem para pessoas, iniciativas e empresas que estão criando soluções para superar desafios e resolver problemas no país. O evento aconteceu no estúdio do UOL na avenida Faria Lima, em São Paulo, e foi transmitido ao vivo (e, agora, também está disponível on demand).
Crédito: Júlio César Almeida/UOL
Mais do que apenas premiar os vencedores, o Prêmio Ecoa também promoveu momentos de troca de aprendizados e tecnologias sociais entre as homenageadas e as colocou no centro de discussões urgentes para a sociedade brasileira.
Crédito: Júlio César Almeida/UOL
O ator e cantor Tiago Abravanel foi o mestre de cerimônias do evento. Em entrevista a Ecoa, o artista reforçou a importância de ações como esta na luta por mudanças significativas no mundo. Nosso MC se emocionou durante vários momentos na live.
O cenário, todo criado a partir de materiais descartados e reciclados pelo artista plástico Renato Tija, ajudou a reforçar o caráter sustentável do evento, que teve sua pegada de carbono neutralizada.
A categoria Fizeram História foi uma homenagem póstuma que olhou para mulheres e homens que dedicaram suas vidas a reduzir desigualdades e combater a fome e o racismo. Irmã Dulce foi a escolhida por votação popular.
Os indicados foram divididos em cinco categorias: Iniciativas que Inspiram, Empresas que Mudam, Causadores, Fizeram História e Vozes que Ecoam — as duas últimas decididas por voto popular.
Conhecido por seu trabalho com as pessoas em situação de vulnerabilidade, o Padre Júlio Lancellotti esteve no palco com Tiago Abravanel para falar sobre Irmã Dulce e seu legado.
O Padre Júlio foi a pessoa mais tietada nos bastidores do Prêmio Ecoa. Das vencedoras e convidadas à equipe do UOL, todo mundo queria um registro ao lado desse ícone da luta contra o preconceito e em apoio às pessoas em situação de vulnerabilidade. Aqui, ele posa ao lado de Bia Ferreira, atração musical do Prêmio, para o fotógrafo Júlio César Almeida.
Toda a produção do Prêmio Ecoa se preocupou com o tripé da sustentabilidade: dos kits de lanche individuais para os convidados, sem plástico e com alimentos à base de plantas, à compensação da pegada de carbono.
A vencedora na categoria Iniciativas que Inspiram foi a Associação da Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú, uma instituição que busca romper com a condição de isolamento das mulheres rurais e de periferias, a partir da organização coletiva na luta por direitos sociais, econômicos e políticos.
Além dos convidados no estúdio, o Prêmio Ecoa também teve a participação especial e remota de colunistas da casa, com Júlia Rocha e Eduardo Carvalho, e do curador de Ecoa e diretor da Plant-for-the-Planet Brasil, Luciano Frontelle.
Crédito: Fernanda Schimidt/UOL
A categoria Empresas que Mudam premiou a Marulho, criada em Ilha Grande (RJ) para ajudar a proteger os oceanos. Contando com a ajuda de rendeiros locais, a empresa usa redes de pesca descartadas para produzir itens como sacolas, bolsas, fruteiras e esfregões.
O prêmio foi recebido no estúdio por Beatriz Mattiuzzo, cofundadora da Marulho, que reforçou que não está sozinha: há uma rede de trabalhadores atuando pela causa junto com ela. "Ela existe, não por mim, mas pelas pessoas que estão lá, que são os verdadeiros guardiões do oceano", disse.
Crédito: Júlio César Almeida/UOL
Entre uma conversa e outra, a voz potente da compositora e multi-instrumentista Bia Ferreira apresentou letras que questionam o racismo estrutural, evidenciam a força da mulher negra e pregam o amor. Na foto, Bia durante a passagem de som, antes de trocar o figurino.
Na categoria Causadores, a homenageada foi Carmen Silva por sua atuação junto ao MSTC (Movimento Sem-Teto do Centro) e a luta pelo direito à moradia digna para famílias na região central da cidade de São Paulo.
Em um dos momentos mais emocionantes do Prêmio, dona Carmen falou sobre a morte recente de sua filha Lorys, a quem dedicou o prêmio, ao lado de todo o movimento que luta por moradia, saúde e educação para a população nas grandes cidades.
Na categoria Vozes que Ecoam, de votação popular, a vencedora foi a atriz Christiane Torloni. Ativista há mais de 10 anos, ela levanta a bandeira da preservação do meio ambiente, em especial da Amazônia.
Bia Ferreira convidou Preta Ferreira, cantora, atriz, ativista pelo movimento de moradia e filha de dona Carmen, para o palco. As duas cantaram juntas "Não Perca Sua Fé", música que Preta compôs na prisão.