App reverte like em renda para pessoas periféricas na crise do coronavírus
Um pacote de medidas econômicas do governo foi anunciado ontem (16) para tentar amenizar a crise que o coronavírus vem desenhando no horizonte. Apesar do reforço do Bolsa Família, as ações não são suficientes para contemplar uma fatia grande da população que se encontra na informalidade e sem rede de suporte financeiro.
Nesse cenário que evidencia as desigualdades, medidas básicas para a prevenção da Covid-19 são luxo. "Coisas como lavar as mãos com água, sabão e álcool gel podem parecer simples, mas para pessoas da favela não são", diz Monique Evelle, empreendedora e produtora de conteúdo.
Foi pensando na vulnerabilidade social e econômica de diversos grupos frente à pandemia, tais como trabalhadores autônomos periféricos ou pessoas sem acesso a itens de higiene que a empreendedora voltou a atenção da Desabafo Social para a questão. "Não nascemos para tudo ser emergência ou sobrevivência, mas neste momento resolvemos fazer algo por conta", diz ela que criou a organização não governamental em 2011, aos 16 anos, em Salvador.
Em parceria com a plataforma ItsNoon, também criada na Bahia, a ONG está com uma campanha para estimular doações. Funciona assim: as pessoas entram na rede por meio de um app e, lá, podem criar desafios colocando neles um valor partindo de R$ 100. Esses desafios são perguntas. Quem entrar agora, por exemplo, encontra essa: "Como gerar renda sem sair de casa?". Pessoas da rede respondem com ideias propositivas, que ganham curtidas de outros usuários. Cada like equivale a R$ 1 (ou "girassol", moeda da plataforma), e os valores podem ser sacados semanalmente pelos participantes.
Além da geração de renda por meio da interação entre a comunidade online, uma equipe seleciona ideias e proponentes para distribuir valores de cada desafio, buscando atingir quem está mais vulnerável. Nesta terça-feira (17), as cantoras Jennifer Nascimento e Ju Moraes ("The Voice") e a atriz e ex-BBB Gleici Damasceno, embaixadoras da campanha atual, vão lançar perguntas na plataforma, colocando R$ 15 mil iniciais. Qualquer pessoa pode baixar gratuitamente o app da ItsNoon, acessar a rede e criar desafios, bem como participar deles.
"Vamos lançar desafios direcionados às pessoas que estão sendo diretamente impactadas economicamente pelo coronavírus: agentes culturais, pessoas autônomas, a galera da base da pirâmide", conta a empreendedora. "Queremos pensar soluções em conjunto para problemas reais, e, ao mesmo tempo, gerar renda, porque não adianta só fazer textão nas redes sociais sem isso ser convertido em dinheiro para quem precisa", diz Monique, que estima conseguir distribuir R$ 200 mil pela plataforma até abril.
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