#BoasNotícias29/3: Máscaras reutilizáveis, novos respiradores, céu limpo
Diante de uma pandemia, a necessidade de mudar paradigmas. A fala feita pela filósofa e matemática Tatiana Roque no último sábado (28) no evento Hora do Planeta abre espaço para esperança e urgência de transformação. No fim de semana, noticiou-se a queda da poluição em grandes cidades, a produção de ventiladores pulmonares, a descoberta de um método eficaz para descontaminar máscaras usadas por profissionais de saúde, bem como ações para ajudar feirantes — e abastecer a população sem riscos.
Foi, aliás, vendendo frutas no zona rural da Bahia que cresceu o médico imunologista Gustavo Cabral. Na linha de frente da pesquisa de uma vacina brasileira para o novo coronavírus, ele alerta: "Não adianta fazermos nosso melhor se isso não chegar à população".
Diariamente, Ecoa selecionará boas notícias para nos ajudar a enfrentar a nova rotina e nos manter orientados sobre a Covid-19.
Mais ventiladores pulmonares em produção
Na semana passada, falamos sobre o início dos testes de ventiladores pulmonares mais baratos e facilmente replicáveis produzidos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na capital paulista, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) também está trabalhando nos respiradores. Enquanto um equipamento convencional no mercado custa cerca de R$ 15 mil, o projeto da Poli permitirá produzir o equipamento a um valor em torno de R$ 1 mil. Em andamento desde 20 de março, o projeto deve começar a viabilizar a fabricação, feita por empresas autorizadas pela Anvisa, em três semanas.
Método para reutilizar máscaras
Nos EUA, pesquisadores da Duke University desenvolveram uma forma de descontaminar máscaras do tipo N-95, modelo recomendado para profissionais de saúde em contato com pessoas com o vírus. A ideia é aumentar a vida útil do item essencial, em escassez diante da pandemia. Foi utilizado peróxido de hidrogênio para matar patógenos contaminantes que acabam impregnando o acessório. O método é usado há muito tempo para descontaminar material de laboratório, mas não se sabia até então que o mesmo funcionava com máscaras. Para que outros lugares no mundo possam replicar, o protocolo já foi colocado na rede.
Bom para todo mundo: feira em casa

Ações pelo Brasil estão ajudando feirantes a manter seus serviços e abastecer a população. No Rio de Janeiro, a iniciativa Cesta Camponesa, do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), recebe pedidos por WhatsApp e realiza entregas na Tijuca, centro e zona sul em parceria com uma associação de taxistas. Já em São Paulo, a ação de uma cliente ajudou uma série de feirantes a ter suas barracas divulgadas nas redes sociais, divulgando comerciantes e produtores que fazem entregas do Grajaú até Pirituba.
Céu mais limpo é desafio de pesquisa
Não é por acaso que o céu da capital paulista parece mais azul durante a quarentena. Houve queda expressiva de todos os poluentes. A concentração de tolueno, composto tóxico presente na combustão da gasolina e nas antigas colas de sapateiro, caiu mais de 50 vezes, aponta o pesquisador Edmilson Dias de Freitas, do Instituto de Astronomia e Geofísica (IAG) da Universidade de São Paulo. Responsável por doenças respiratórias, o monóxido de carbono também está mais baixo. O mesmo fenômeno foi observado em outras cidades que adotaram isolamento social, como Lisboa, Roma, Barcelona, São Francisco e Nova Iorque. Para Maria de Fátima Andrade, professora também do IAG, a queda brusca na poluição é um desafio na pesquisa acerca de nossa capacidade de correção de problemas ambientais.
Vó Antônia, 108, tem planos para o futuro

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