#BoasNotícias14/4: Amsterdã quer sair da crise adotando "economia do donut"
Todo o mundo está buscando caminhos para sair da crise do coronavírus e vislumbrar uma saída econômica. Amsterdã, a capital da Holanda, já escolheu sua alternativa: esquecer a ideia de crescimento contínuo e adotar um modelo chamado "economia do donut" (o docinho em forma de rosca serve como um desenho esquemático para mostrar a interligação da economia com questões sociais e ecológicas).
Diariamente, Ecoa seleciona as boas notícias para te guiar em meio à enxurrada de informações na atual pandemia e dar algumas perspectivas positivas para o futuro. Acompanhe abaixo os destaques de hoje (14):
O mundo é uma rosquinha
A principal defensora do conceito de "economia do donut", economista Kate Raworth, da universidade britânica de Oxford, irá liderar o processo de mudança de modelo em Amsterdã, capital da Holanda. A premissa desse olhar é interromper a lógica do crescimento a qualquer custo e atender necessidades humanas observando os limites do planeta.
O desenho do modelo mostra um donut dividido em três anéis. No meio está a humanidade é seu espaço justo e vital. Abaixo dela, estão os alicerces sociais (alimentação, habitação etc). Acima está o teto ecológico (com os limites de recursos para que se mantenha o planeta). A iniciativa pioneira ganhou reportagem especial do jornal britânico "The Guardian".
Grupos antivacina enfraquecidos
A pandemia trouxe de volta a ciência para o centro da discussão e está enfraquecendo grupos críticos ao conhecimento acadêmico. Entre eles, quem está bem abalado é o movimento antivacina, que ganhou popularidade ultimamente em grupos virtuais adeptos de teorias conspiratórias.
Uma reportagem da Reuters mostrou que, em uma época que por todos os cantos se tenta achar um remédio ou uma vacina para a atual pandemia, o movimento está perdendo seguidores tanto nos EUA quanto na Europa.
Meu rosto no uniforme
Com o corpo (e o rosto) coberto com uniforme para evitar a contaminação, os trabalhadores da saúde têm dificuldade para se conectarem com os pacientes. Mas uma das soluções para aumentar a empatia é colocar fotos dos rostos na roupa como se fossem um crachá motivacional.
Foi o que fizeram as equipes médicas e de enfermagem do Hospital Madre Theodora, em Campinas (SP), para dar um tratamento mais humanizado aos pacientes em meio à pandemia.
Velhinhos dando exemplo
Não falta história de superação entre os idosos contagiados com a Covid-19, mesmo essa população sendo a maior parte das vítimas fatais. No Brasil, um veterano da Segunda Guerra Mundial, do alto de seus 99 anos de idade, recebeu alta em Brasília.
Na Inglaterra, outro senhor de quase um século de vida ajudou a arrecadar mais de 1 milhão de libras (R$ 6,5 mi) de doação para o serviço público de saúde prometendo dar 100 voltas com seu andador por seu quintal. E ele cumpriu.
Testes desembarcaram no Brasil
Um avião tendo com uma carga de 726 mil testes para o coronavírus chegou nesta terça no aeroporto de Viracopos (SP) vindo diretamente da Coreia do Sul.
Esse lote deve ajudar a acelerar os testes no Estado de São Paulo, e mais aviões estão previstos para chegar ao Brasil com mais insumos nos próximos dias para saber o tamanho da pandemia no país, afinal, muitos doentes não são diagnosticados com o vírus justamente por falta do exame.
Governador corta o próprio salário
Parece que a ideia começa a chegar ao Brasil: o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), anunciou a redução do próprio salário e os vencimentos dos gestores do primeiro escalão do governo como medida de contenção de gastos para enfrentar a crise do coronavírus.
Dias, que tem salário mensal de R$ 17 mil, sofrerá uma redução de 15%, assim como o secretariado e superintendentes, que recebem em média R$ 10 mil. No exterior, teve autoridade cortando pela metade seus vencimentos.
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