Governos, cientistas e WhatsApp se mobilizam por informação de qualidade
Seria muito bom ter uma solução mágica. Ou, pelo menos, um grande culpado, para expiar a tragédia. Não há. Mas essa busca, como é previsível, é campo fértil para a desinformação. Que, de maneira especialmente aguda agora, é algo muito perigoso. Por isso, órgãos oficiais, de ciência e comunicação vêm criando serviços importantes para checar "fake news", desmistificar a pandemia e tirar dúvidas sobre a Covid-19.
Em cerca de duas semanas, estará disponível em português um novo recurso do WhatsApp que possibilita a checagem de mensagens sobre o coronavírus. A empresa, que vem gradativamente trabalhando para minimizar o papel da ferramenta na outra pandemia, a da disseminação de "fake news", anunciou o lançamento de um chatbot que poderá ser consultado pelo usuário sempre que receber uma mensagem duvidosa. "Será a primeira vez que os brasileiros vão ter um instrumento independente para verificar se são falsas as mensagens sobre coronavírus que estão recebendo pelo WhatsApp", diz Cristina Tardáguila, diretora-adjunta do IFCN (Aliança Internacional de Checagem de Fatos).
Informações baseadas em evidências
Centros de pesquisa também têm se esforçado na produção de material de comunicação para evitar que boatos e falta de informação atrapalhem a tomada de decisão das pessoas em um cenário que já é grave o suficiente.
Alunos do Programa de Pós-graduação em Imunologia da Universidade de São Paulo e integrantes da Comissão de Divulgação Científica do Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP criaram a plataforma Covid Verificado. A USP também adaptou seu podcast Ciência USP para uma versão Em Quarentena, aprofundando questões do combate à pandemia.
Pesquisadores da UFMG criaram uma força-tarefa de divulgação científica que inclui professores, alunos, profissionais de saúde e de comunicação para oferecer "informações qualificadas e certificadas sobre a pandemia e contribuir com a mobilização social em favor de boas práticas".
O Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) da Fapesp está promovendo uma série de ações para o enfrentamento da pandemia, entre elas um canal de divulgação científica sobre o assunto.
Orientações oficiais
Os órgãos oficiais de governo também têm disponibilizado esse recurso. E, na hora da verdade, a discordância é bem menor do que seus representantes fazem parecer.
Dentro de uma ferramenta já existente para a checagem de "fake news", o Ministério da Saúde tem uma área exclusiva para checagem de informações sobre o coronavírus. No site oficial do governo do Estado de São Paulo, a administração pública o boletim Covid-19 Sem Fake News, em que fala sobre a pandemia mas também sobre a posição oficial do governo a respeito das ações de combate.
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