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Projeto transforma cidadãos comuns em agentes populares de saúde

Arte de cartilha criada dentro da iniciativa Agentes Populares de Saúde, da UneAfro - Flavia Lopes | UneAfro - Agentes Populares de Saúde
Arte de cartilha criada dentro da iniciativa Agentes Populares de Saúde, da UneAfro Imagem: Flavia Lopes | UneAfro - Agentes Populares de Saúde

Carina Martins

Colaboração para Ecoa, em São Paulo

08/05/2020 18h19

O que você vai fazer neste fim de semana? Tem gente que vai fechar os olhos, acender a churrasqueira e chamar os amigos negacionistas. Tem gente que vai ler o estudo assinado por 59 pesquisadores do Centro de Análise Global de Doenças Infecciosas (CAGDI), indicando que a quarentena não vem sendo levada a sério o suficiente no Brasil e que isso está agravando a tragédia.

Há outras ótimas opções, e, como as ruins, elas vêm pelo exemplo. A UneAFRO desenvolveu o projeto de Agentes Populares de Saúde, uma espécie de capacitação para que pessoas comuns possam apoiar, na prática, suas comunidades no combate ao coronavírus. A iniciativa acaba de ganhar um site com todas as informações, incluindo cartilha, protocolos e orientações de segurança. E, em breve, aulas online sobre o COVID-19 e explicações detalhadas de como ser agente popular de saúde. Além disso, há links para contribuir com apoio, se você for um profissional da saúde ou doações.

Robô hospitalar

Pesquisadores da USP se deram ao trabalho de desenvolver — e agora readequar para a situação de pandemia — um robô transportador que pode diminuir a necessidade de proximidade entre pacientes e profissionais da saúde. O projeto é desenvolvido pela Escola Politécnica (EP) e pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), além do Hospital Universitário (HU) da USP, e é descrito como sendo "semelhante a um cooler de cerveja". Mas como foi criado por gente que trabalha com evidências científicas, não irá a nenhum churrasco.

Segurança para o trabalhador

As empresas que seguem funcionando devem dar condições de trabalho seguro a seus funcionários. Cada vez mais, esse entendimento se concretiza. No mesmo sentido do que deve acontecer no Brasil depois que o STF decidiu que a Covid-19 pode, sim, ser considerada doença ocupacional , a família de um funcionário da JBS nos EUA está processando a empresa. Familiares afirmam que a empresa falhou em proteger seus funcionários com máscaras e outras medidas de segurança. Enock Benjamin, de 70 anos, morreu da doença, assim como outros 19 trabalhadores de indústrias americanas de processamento de carne até agora.

Esperança com embasamento

Conheça o infectologista brasileiro André Kalil, que lidera as pesquisas com o antiviral remdesivir nos Estados Unidos. Segundo ele, a substância é a que tem, no momento, "evidência científica mais favorável ao tratamento do Covid-19". Kalil ressalta que o remdesivir não deve ser visto como cura, mas, sim, como tratamento, e que a vacina contra a Covid-19 ainda deve demorar.

Doação de sangue pós-Covid

Uma última dica de opção melhor do que fazer um churrasco com 30 amigos: quem já testou positivo para o coronavírus e tem sangue do tipo AB pode ajudar muito nas pesquisas sobre o uso de plasma. O Hospital Sírio-Libanês de São Paulo está em busca de doadores de plasma de sangue do tipo AB, que tenham tido Covid e já estejam recuperados da doença. Esse é o único grupo sanguíneo que está em falta para os testes no hospital com plasma de pessoas recuperadas no tratamento de quem está infectado.