Jornal comunitário lança app e painel com dados sobre Covid-19 nas favelas
São dezenas os casos emblemáticos de auto-organização das favelas e comunidades durante a crise da pandemia. E mais um acaba de chegar, com o lançamento do app Voz das Comunidades, inteiramente voltado para veiculação de notícias sobre o novo coronavírus. Além de possibilitar a publicação de informações confiáveis em tempo real e verificação de notícias sobre o novo coronavírus, a iniciativa do jornalismo comunitário do Complexo do Alemão traz um painel atualizado de casos e mortes divididos por comunidade
Os dados são apurados e organizados pela própria equipe do Voz, jornal comunitário fundado em 2005, e atualizados diariamente. Os dados produzidos permitem ações mais diretas onde a situação é mais grave, e uma análise mais precisa da desigualdade da Covid-19 em regiões periféricas. Segundo o painel do app, em algumas favelas como Pavão-Pavãozinho, por exemplo, a taxa de mortalidade entre os infectados confirmados chega a 85%. Em outras, com um número maior de infectados, a taxa também segue bem acima dos padrões, como 32% na Rocinha.
Diariamente, Ecoa selecionará boas notícias como essas para te ajudar a ter um pouco de esperança e mais informação no meio da pandemia de Covid-19.
Festa virtual para idosos
Difícil para todos, o isolamento social pode ser especialmente difícil para idosos, que muitas vezes vivem sozinhos e não estão habituados a "socializar" pela internet. Por isso, uma iniciativa que faz parte do programa USP 60+ decidiu promover uma "alfabetização" de seus participantes no uso de novas tecnologias que permitem conversas e encontros virtuais.
"Eu não saberia utilizar essas plataformas de videoconferência caso eu não estivesse no projeto", relata Mariana Batich, de 80 anos, integrante do grupo. "As videoconferências me alegram muito, pois, como sou do grupo de risco, não tenho contato com muitas pessoas. O contato virtual é uma festa. Fico muito feliz por ver os meus colegas, por conversar, trocar ideias."
Consequências
Quem não contribui para a diminuição da circulação do coronavírus e faz a roda da contaminação girar, está causando muito mais mal do que apenas assumir o risco pessoal de se expor a uma gripezinha. O setor de transplantes renais do Hospital das Clínicas de São Paulo, que realiza em média um transplante de rim a cada dois dias, interrompeu os trabalhos depois que a maioria dos pacientes transplantados foi contaminada pelo novo
A parte boa
Para que a péssima notícia acima tenha sentido numa seção de boas notícias, segue um contexto que deve sempre ser lembrado: o Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo. O procedimento é garantido a toda a população por meio do SUS, que financia cerca de 95% dos transplantes do país, e do do Sistema Nacional de Transplantes, formado pelas 27 Centrais Estaduais de Transplantes; 13 Câmaras Técnicas Nacionais; 619 estabelecimentos; 1.157 equipes de transplantes; 574 Comissões Intra-hospitalares de Doações e Transplantes; e 72 Organizações de Procura de Órgãos (OPOs).
A receita de quem acertou
A Nova Zelândia anunciou que "venceu batalha" da Covid-19. Com apenas três internados, o país é um dos exemplos mais celebrados do mundo de sucesso no combate à pandemia. A estratégia englobou um alto número de testes, providências antecipadas e uma implantação eficaz das ações públicas. Proporcionalmente à população, o Brasil tem mais do que o dobro de infectados, em comparação com a Nova Zelândia.
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