Mapa conecta pessoas a atendimento gratuito de saúde mental
As organizações e os especialistas têm sido hiperbólicos — e, infelizmente, talvez precisos — ao analisar algumas consequências sociais da pandemia. São expressões como "geração perdida" de jovens com empregos precários; a violência de gênero como "pandemia dentro da pandemia" ou um "tsunami" de problemas mentais. O clima que gera falas como essa, aliás, não desafoga em nada o "tsunami". Mas algumas ações tentam ajudar.
É o caso do Mapa Saúde Mental. Originalmente criado para conectar pessoas em sofrimento psíquico a locais de cuidado que oferecem atendimento gratuito ou com valores sociais, ganhou como complemento um mapeamento de serviços oferecidos online durante o período de distanciamento social. Segundo a plataforma, as pessoas costumam ter dificuldade tanto em pedir ajuda quando precisam, quanto em identificar com quem, onde e quando podem e devem buscar ajuda. Por isso, além do mapa virtual para todos os públicos, há um guia para quem tem dúvidas.
Mais plataformas
Alunos de diferentes cursos de graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF) criaram dois aplicativos que também promovem o encontro entre quem precisa e quem pode oferecer. No caso dos apps, um faz match entre quem precisa fazer compras e não pode sair de casa com outra pessoa que pode sair de casa e não está no grupo de risco. O outro conecta profissionais que precisam de EPIs com doadores.
Mulheres encarceradas
Para manter formas de relação sem contato com as mulheres de dentro do sistema carcerário e ajudar financeiramente algumas egressas, o projeto Mulheres Possíveis voltou a divulgar o livro produzido como um dos frutos desse trabalho. "Mulheres Possíveis - corpo, gênero e encarceramento" é um projeto artístico multidisciplinar desenvolvido pelas artistas Beatriz Cruz, Leticia Olivares, Sandra Ximenez e Vânia Medeiros em colaboração com mulheres em situação de cárcere na Penitenciária Feminina da Capital (PFC) desde 2016. O livro de mesmo nome, lançado em 2019, agora está disponível em campanha "pague quanto puder".Todo o dinheiro arrecadado será revertido em benefícios para as egressas, novas atividades a serem desenvolvidas e materiais para as mulheres encarceradas, nesta fase de isolamento.
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