Com matemática, projeto prevê fim de equipamentos contra covid em hospitais
Uma iniciativa de pesquisadores pode ajudar hospitais a não ficarem sem produtos de higiene durante a pandemia do novo coronavírus. Um programa elaborado pelo Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) ajuda a "prever" quando é preciso reforçar o estoque de EPI de acordo com os índices da doença na região do hospital. O acesso à ferramenta é aberto e gratuito.
O sistema matemático impede que hospitais desperdicem investimentos. O programa utiliza a taxa de hospitalização da doença no estado em tempo real e o número de leitos disponíveis para definir quantos profissionais, máscaras, aventais devem ser escalados e comprados. Também é possível saber quando o estoque está próximo do fim. Assim, diminui-se a chance de um hospital comprar um monte de recursos e deixar um outro sem, por exemplo.
Projetos assim têm sido possíveis por meio da união de empresas, universidades e entidades públicas para buscar soluções durante a pandemia do novo coronavírus.
Desta vez o programa foi criado pelo centro de pesquisa no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), em São Carlos. O departamento recebe investimento público Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Do outro lado do projeto está a Bionexo, desenvolvedora de soluções digitais para a gestão de saúde no Brasil e na América Latina.
Pelo esforço coletivo foi possível, inclusive, driblar a mudança na divulgação dos dados da Covid-19 pelo governo federal. "Como utilizamos dados estaduais, então não, isso não nos afetou, porque os Estados continuaram a soltar os boletins diariamente", explica o professor Francisco Louzada Neto, professor do ICMC-USP.
A ideia foi desenvolvida após o seminário on-line "Focusing maths of Covid-19 on South America" realizada pela Fapesp no início de junho. Um hospital pediátrico já aderiu e, segundo professor, há interesse de outras instituições. Hospitais em Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul também aderiram ao programa.
Em abril, a mesma instituição produziu um sistema para acompanhar a progressão da doença em tempo real nos municípios do estado de São Paulo e um sistema que calcula o nível de isolamento necessário em cada cidade de acordo com o número de casos confirmados.
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