Jovem brasileiro concorre a prêmio da ONU por levar energia solar a favelas
Levar sustentabilidade e autonomia energética a comunidades do Rio de Janeiro foi o ponto de partida para o projeto RevoluSolar, que equipou casas no Morro da Babilônia e Chapéu Mangueira, no Leme, com placas de energia solar. Agora, quase cinco anos desde que a ideia começou a tomar forma, seu diretor-executivo Eduardo Ávila é uma dos finalistas do prêmio Jovens Campeões da Terra, das Nações Unidas.
A iniciativa oferece energia barata, sustentável e segura a comunidades de baixa renda. Com o projeto, são gerado 15.600 kWh de energia por ano, o que permite uma economia de R$ 15 mil para a população local.
O jovem de 25 anos é o único brasileiro entre os cinco finalistas da América Latina e Caribe que, ao lado de 30 jovens de outros continentes, concorrerão ao prêmio de US$ 10 mil (R$ 53,4 mil) para ajudar a alavancar a iniciativa, além de suporte, ampliação da rede de contatos e trabalho com mentores. O objetivo de Ávila é criar a primeira cooperativa de energia solar em uma favela.
"Jovens de todo o mundo estão chamando a atenção para as escolhas erradas que fizemos e para os impactos futuros da destruição ambiental. Estamos comprometidos em garantir à juventude uma voz, uma plataforma e uma oportunidade para triunfar em sua jornada, enquanto inspiramos milhões de outras pessoas a se juntarem a essa luta", disse Inger Andersen, diretora executiva do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) em comunicado.
A premiação estimula jovens empreendedores, entre 18 e 30 anos, a criarem iniciativas voltadas à preservação do meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. No total, foram inscritos 875 projetos. Ao fim do processo, sete vencedores serão selecionados por um júri global.
Ávila já tinha sido finalista em outro programa, o Global Innovation Lab for Climate Finance, que reúne projetos com potencial de transformação como instrumentos para uma economia verde.
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