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Dia de Doar: saiba como ajudar os povos indígenas

Oficina de troca de experiências e conhecimentos sobre a cerâmica de Taracuá, promovida pela Associação de Mulheres Indígenas da Região de Taracuá (AMIRT), Terra Indígena Alto Rio Negro (AM) - Juliana Lins / ISA
Oficina de troca de experiências e conhecimentos sobre a cerâmica de Taracuá, promovida pela Associação de Mulheres Indígenas da Região de Taracuá (AMIRT), Terra Indígena Alto Rio Negro (AM) Imagem: Juliana Lins / ISA

Lígia Nogueira

Colaboração para Ecoa, em São Paulo

30/11/2020 12h00

O Dia de Doar, que acontece todos os anos em 1º de dezembro, é uma iniciativa que começou nos Estados Unidos e foi adotado por aqui em 2013. A partir de 2014 o Brasil passou a fazer parte do movimento global, que hoje conta com 72 países participando oficialmente e reúne ações em mais de 190.

Quem organiza e lidera a mobilização é a Associação Brasileira de Captadores de Recursos, disponibilizando material para incentivar a doação por meio de indivíduos e empresas. Em 2019, por exemplo, a maratona de 24 horas de captações arrecadou R$ 2,3 milhões no país, de acordo com a ABCR. A entidade está se organizando para que este ano, na terça-feira (1º/12), milhares de organizações recebam doações e milhões de brasileiros demonstrem apoio doando e tornando pública a doação usando a hashtag #diadedoar nas redes sociais.

Como ajudar os povos indígenas

Há alguns meses falamos em Ecoa sobre como ajudar indígenas e quilombolas diante dos 16 vetos que o presidente Jair Bolsonaro impôs quando sancionou o Projeto de Lei 1142/2020, que reconhece esses povos como "grupos de extrema vulnerabilidade". Mais do que nunca os canais de doação para os povos tradicionais são de extrema importância em meio a uma pandemia que ainda está longe de acabar.

Um deles é uma campanha importante que o ISA - Instituto Socioambiental vem tocando para manter a GaleriAmazônica, em Manaus. Artesanato e outros itens de indígenas da Associação Comunidade Waimiri Atroari (ACWA) são vendidos a preço justo, definido pelo produtor. Mas, com a pandemia, o fluxo caiu demais e eles abriram uma vaquinha virtual para angariar fundos.

Há 12 anos, a iniciativa comercializa sem fins lucrativos o trabalho de artesãs e artesãos de cerca de 40 povos indígenas e comunidades tradicionais representados por suas associações e cooperativas para viabilizar seus modos de vida e saberes tradicionais.

As recompensas para os doadores incluem kits de produtos com livros, camisetas e peças de artesanato, como as pulseiras do povo Waimiri Atroari, os cestos produzidos pelo povo Baniwa, máscaras do povo Tikuna e arraias de madeira do povo Baré.

Saiba como contribuir com a campanha da GaleriAmazônica no Catarse.