Como contribuir para a educação financeira contra o racismo
Você já deve ter ouvido falar na economista que ensina finanças usando as letras de rap dos Racionais MC's. À frente da plataforma NoFront, Gabriela Chaves vem mudando a realidade de muita gente há dois anos, quando assumiu a missão de promover o empoderamento econômico da população negra e periférica por meio da educação e do planejamento financeiro.
Para expandir o trabalho de disseminação da educação financeira nas periferias, a plataforma lança o projeto Educação Financeira contra o Racismo, com o objetivo de formar diretamente 500 pessoas em condição de vulnerabilidade social, produzir conteúdo gratuito sobre educação financeira e capacitar lideranças periféricas para que repliquem o trabalho em diferentes regiões do país.
Os idealizadores do projeto lançaram uma campanha de financiamento coletivo que está recebendo contribuições até o dia 16 de dezembro. O valor arrecadado permitirá a criação de vagas para pessoas preferencialmente negras que estejam em condição de vulnerabilidade social em meio à crise da Covid-19, como trabalhadores autônomos, informais, desempregados, aposentados, mães e pais solo, estudantes e imigrantes.
"Também pretendemos desenvolver a primeira turma gratuita de educação financeira em Moçambique, visando estreitar nossos laços com o continente africano", conta à coluna Beatriz Mendes, graduada em gestão de políticas públicas pela USP e uma das responsáveis pelo projeto.
As formações oferecidas serão gratuitas e envolvem reflexões em torno de temas como racismo, consumo, endividamento, ostentação, ferramentas de planejamento financeiro, gestão de finanças pessoais e introdução aos investimentos.
Por que a disseminação da educação financeira na periferia é tão importante?
"Ela propulsiona mudanças estruturais em todo o ecossistema", diz Beatriz. "Em um contexto de crise econômica marcada pelo aprofundamento de desigualdades, o conhecimento sobre economia e finanças é fundamental não apenas para a compreensão da sociedade em que vivemos, mas como estratégia de sobrevivência para os mais vulneráveis."
A população negra brasileira vive historicamente em condições de desvantagem socioeconômica, reflexo de séculos e escravidão e do racismo estrutural que perdura até os dias de hoje. Nesse sentido, diz Beatriz, "a interface 'economia e racismo' é essencial para entender e superar esses fenômenos. Este projeto é fundamental para conseguirmos atravessar este momento tão desafiador com dignidade".
Para contribuir, acesse o perfil da campanha: https://benfeitoria.com/nofront
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