Pessoas autistas dançam em vídeos para apoiar jovem que sofreu preconceito
Mais de 600 vídeos de pessoas com autismo dançando estão sendo publicados nas redes sociais nos últimos dias em apoio a Gabriel Corrêa Rodrigues, 26 anos, que foi vítima de preconceito por estar dançando em uma praça no bairro de Artur Alvim, próxima à sua casa, na zona leste de São Paulo.
Lucas Pontes de Andrade, pessoa autista e ativista de 23 anos, foi um dos influenciadores que aderiram à campanha. "Este vídeo é uma forma de apoio ao Gabriel, um jovem autista que sofreu preconceito apenas por estar dançando em uma praça. Gabriel viu o vídeo preconceituoso que fizeram sobre ele e disse que nunca mais iria dançar. Por isso, nós, autistas, estamos aqui fazendo vídeos dançando e dizendo #dançagabriel."
Você não precisa mudar a sua forma de ser, as pessoas capacitistas é que precisam mudar. Não deixe de dançar, não deixe de ser o que você é. Temos orgulho de ser autistas e vamos lutar para que as pessoas nos respeitem do jeito que nós somos
Lucas Pontes de Andrade, ativista
A corrente de vídeos para que Gabriel volte a dançar começou por iniciativa da Sara Rocha, ativista portadora de Transtorno do Espectro Autista luso-brasileira que vive no Reino Unido.
"Está sendo muito importante para a conscientização sobre as pessoas autistas. Sobre o direito que elas têm de manifestações das mais diversas em público como cidadãos, como todas as pessoas. E por que não dançar?", diz Eliseu Acácio da Silva, pai de um jovem autista e padrasto de outro jovem autista, Lucas Gabriel e Lucas Gerson, de 24 e 26 anos, respectivamente.
"Meu filho autista e meu enteado autista não dançam, mas eles pulam. Assim como eles, muitos autistas têm essa característica de pular. É comum entre os autistas, embora não aconteça com todos. Esta corrente é um apoio ao Gabriel, que falou em parar de dançar pelo preconceito que sofreu, mas é também uma campanha pelo respeito e contra o preconceito."
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