Imigrantes venezuelanos em vulnerabilidade recebem doações no Acre
Uma ação coletiva está ajudando imigrantes que vivem no estado do Acre a passar pelo período crítico de pico da pandemia. Rota de passagem de muitos haitianos que deixaram o país para tentar a vida na América do Sul, o estado também recepciona imigrantes indígenas venezuelanos da etnia Waraos, que estão em Rio Branco há um ano. A ação humanitária é coordenada pelo Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Educação Popular do Acre.
Segundo Raimunda Bezerra, coordenadora do Centro, um grupo de voluntários se uniu para pedir produtos e arrecadar tudo que for necessário para ajudar quem vive nessa fase difícil no estado. "A gente está arrecadando dinheiro, mas tivemos muita doação de roupa, calçados e alimentos. Foram ajudas importantes de instituições, empresários, sindicatos; mas a gente ainda precisa de mais", conta.
Entre as pessoas ajudadas estão haitianos acampados na fronteira do Brasil com o Peru, em Assis Brasil, esperando a abertura da passagem pelo país vizinho para seguirem para os Estados Unidos e Canadá (abertura prometida apenas para o segundo semestre). "Esse grupo estava na ponte e tinha a necessidade de alimentos, de um abrigo. E nós tínhamos ainda uma preocupação com atos violentos contra eles. Hoje a gente os ajuda principalmente com alimentos mais caros, como carne e frango", afirma Raimunda.
O grupo de voluntários está ajudando também os imigrantes que vivem em Rio Branco. "Fizemos doações em abrigos, em vários pontos da cidade. O maior problema é que eles pedem na rua, é complicado encontrá-los na cidade. Temos ajudado os desempregados com cestas básicas e gêneros alimentícios", diz.
Uma das ações é feita exclusivamente para mulheres, com a doação de kits que contêm toalha, sabonete, escova de dente, creme dental, absorvente, álcool em gel, máscaras, creme para cabelo e pente. Cada um desses kits custa R$ 50.
Preocupado com a pandemia, o centro também comprou tecido e contratou uma pessoa para produzir máscaras. "No meio de imigrantes, elas não fazem muito efeito. Em Assis Brasil, por exemplo, a gente doa muito, mas eles não costumam usar. Por isso, além de fazermos a doação, estamos tentando orientá-los sobre o uso e a importância das máscaras", conta.
Quem quiser ajudar com doações, pode depositar na conta do Centro de Defesa e Direitos Humanos e Educação Popular:
Banco do Brasil
Agência: 0071-X
C. Corrente: 51.164-1
CNPJ: 34.716.746-0001/18
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