Doações do MST alimentam comunidade da periferia do Recife (PE) na pandemia
A doação de alimentos feita pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em parceria com outras entidades do campo está ajudando pessoas em situação de pobreza extrema da comunidade Vale da Paz, em Paulista, região metropolitana do Recife, a se alimentarem durante a pandemia.
A assistente social Luciene Barros, 59, é quem coordena o projeto Cozinha Solidária no local. Ela administra a ONG Instituto de Educação e Esporte Reciclando Vidas, que atua na comunidade.
"Tivemos a grande felicidade de termos sido contemplados com a doação da Campanha Mãos Solidária, que mudou o cenário existente, possibilitando ampliar nosso escopo de atuação", conta. Hoje, Luciene é a articuladora do movimento "Mãos Solidária/Periferia Viva" na comunidade.
Ela conta que, com a pandemia, decidiu fazer o curso de agente popular de Saúde, do MST. Assim, Luciene se tornou articuladora de um dos bancos populares de alimentos, que distribui doações a pessoas em situação de vulnerabilidade social.
"Com esse curso, nossa comunidade ficou cadastrada para receber os alimentos do MST e de outras organizações envolvidas na campanha", explica.
O curso já formou 2.000 agentes populares de saúde pelo país e distribuiu 30 mil máscaras. Além disso, o MST já doou 5 mil toneladas de alimentos e 1 milhão de marmitas desde o início da pandemia.
Cozinha solidária
As doações que chegam à comunidade abastecem o projeto Cozinha Solidária. "A campanha do MST teve um grande peso nas doações dos alimentos. Nós trabalhamos com as mães voluntárias, que cozinham os alimentos ou lanches quando tem material no banco de alimentos", explica.
Além da cozinha, a ONG faz doações quando recebe alimentos da Campanha Mãos Solidária/Periferia Viva. "Os alimentos são distribuídos às 45 famílias cadastradas na nossa ONG", diz.
Olho na saúde
Na comunidade, a grande maioria das pessoas é de baixa renda e recebe Bolsa Família. "Temos como a única fonte de renda a coleta seletiva para reciclagem. Com a pandemia, muitos estão desempregados", afirma.
O curso de agente a formou também para educar contra a proliferação do vírus, ajudando no esclarecimento das pessoas da comunidade.
"Na pandemia, damos informações sobre as ações de profilaxia, como lavar as mãos, não deixar de usar as máscaras. E isso é um processo ainda difícil, as pessoas não têm hábitos de uso da máscara, mas pelo menos aqui na ONG elas usam."
A comunidade, diz Luciene, é carente de equipamentos públicos. "Aqui na nossa comunidade não temos praça, campo de futebol, escola, creche. Nem posto de saúde temos para a população".
No local há também a biblioteca comunitária "Mãos Que Guiam". "Nela temos assistência às crianças e adolescentes com reforço escolar. Usamos jogos educativos com práticas lúdicas, educativas e recreativas, além do judô", diz.
A ONG vive da atuação de voluntários. Às tardes de segundas, quartas e sextas, por exemplo, uma mãe colaboradora conta histórias infantis para crianças de 3 a 8 anos. E deve crescer. "Temos uma brinquedoteca em construção. Estamos organizando também um espaço de educação de jovens e adultos não-alfabetizados.
A ONG Instituto de Educação e Esporte Reciclando Vidas aceita doações.
Os dados são os seguintes:
Caixa Econômica Federal
Agência - 3220
Operação - 013
Conta - 00029398- 5
Luciene de Barros Barbosa
CPF: 244.357.244-72
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