Europa anuncia transição verde para reduzir emissões em 55% até 2030
A Comissão Europeia apresentou na quarta-feira (14) um plano ambicioso para reduzir as emissões de carbono em 55% até 2030. O projeto consiste em transformar a economia do bloco, com impactos em aspectos da vida cotidiana, como a calefação das residências e os tipos de carros que circulam nas ruas. A implementação da iniciativa depende agora de um amplo debate entre os 27 Estados-membros da União Europeia, a indústria e o Parlamento Europeu.
As novas medidas forçam as indústrias a eliminar gradualmente o uso de combustíveis fósseis para reduzir a emissão de gases poluentes em pelo menos 55% até o fim da década, em comparação com os níveis de 1990, e neutralizar as emissões até 2050. A nova meta foi aprovada em junho, mas a UE ainda não havia detalhado como pretendia alcançá-la.
A União Europeia produz cerca de 8% das emissões globais de carbono, atrás da China e dos Estados Unidos, mas ela se vê como uma importante potência reguladora para o mundo e espera dar o exemplo, criando tecnologias que possam estabelecer novos padrões globais para uma economia neutra em carbono.
De acordo com informações publicadas no "The New York Times", o vice-presidente executivo da Comissão, Frans Timmermans, responsável pelo meio ambiente e pelo "Acordo Verde" da Europa, considera essas propostas fundamentalmente importantes para a criação de uma nova economia.
Uma das principais propostas anunciadas é uma revisão do mercado de carbono da Europa, conhecido como Esquema de Comércio de Emissões, sob o qual grandes produtores de carbono como aço, cimento e energia pagam diretamente por suas emissões de carbono.
As 12 propostas legislativas apresentadas são projetadas para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, incluindo carvão, petróleo e gás natural; expandir o uso de fontes de energia renováveis, incluindo energia solar, eólica e hidrelétrica para pelo menos 38,5% de toda a energia até 2030; forçar o desenvolvimento mais rápido de carros elétricos com limites de CO2 muito mais restritos e encerrar a venda de todos os carros de combustão interna até 2035; e apoiar opções de energia limpa para aviação e navegação, que são os principais poluidores. Pela primeira vez, um mercado de carbono será estabelecido para transporte rodoviário e edifícios.
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