Instituto Natura reverte renda para ajudar 145 mil consultoras a estudar
No primeiro trimestre de 2021, as mulheres foram maioria na taxa de desocupação (54,5%), subocupação (54,5%) e na subutilização da força de trabalho ampliada (56,4%) no Brasil, mostrando que a sua inserção no mercado de trabalho foi mais precária do que a dos demais grupos considerados, de acordo com o Boletim das Mulheres no Mercado de Trabalho. A pandemia e a crise econômica e sanitária que assolam o país têm legitimado ainda mais o papel social de institutos e fundações para uma mudança nesse cenário.
É o caso do Instituto Natura, que tem realizado uma série de ações no âmbito educacional ao reverter o lucro obtido com as vendas da linha não-cosmética Crer Para Ver. No ano passado, mais de 145 mil consultoras acessaram alguma das oportunidades de educação oferecidas, que variam de bolsas e cursos 100% gratuitos de inglês a ensino superior e preparatórios para as provas do ENEM, entre outros.
Nos primeiros seis meses deste ano, tais ações tiveram impacto na vida de mais de 30 mil mulheres, como a paraense Jacileia Saldanha e Silva, 45 anos, que atua como consultora da Natura em Marabá (PA). Ela ingressou na faculdade de Direito em 2018 e atualmente conta com o crédito educacional obtido por meio do programa Crer Para Ver.
"Sou formada em Matemática e decidi fazer Direito porque trabalho na área de segurança pública e sentia necessidade de aprender mais sobre as leis. Quando entrei no curso tive de vender meu carro porque não tinha condições de pagar, e esse projeto facilitou muito a minha vida. Uma mensalidade de direito é no mínimo R$ 1000 e com o financiamento eu pago um valor que não chega a R$ 200 mensais."
Tive depressão há três anos, passei por dificuldades financeiras, uma doença que eu achava que não tivesse cura, e não queria mais viver. E quando consegui esse financiamento passei a ter uma qualidade de vida melhor.
Jacileia Saldanha e Silva, estudante de Direito e consultora de beleza
Jacileia diz que, daqui a um ano, quando se formar, quer estudar para passar na OAB, advogar por no mínimo três anos e no futuro prestar concurso para promotora, juíza, procuradora ou defensora. "O que eu queria mesmo era montar meu escritório e atender gente da comunidade que não consegue pagar. Trabalho na área de violência doméstica e o que entendo hoje é que a mulher que trabalha não precisa depender de homem para viver. É por meio do estudo que a gente consegue ter um futuro."
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