Brasileiro Marcelo Rocha discursa para milhares de manifestantes em Glasgow
A manifestação que reuniu cerca de 25 mil jovens ontem (5) nas ruas de Glasgow contou com a participação de muitos brasileiros — alguns deles no palco. Convocados pela plataforma Fridays For Future, liderada por Greta Thunberg, os presentes cobravam os governantes presentes na COP26 por medidas concretas contra a crise climática.
Além de Greta, o ativista brasileiro Marcelo Rocha, diretor executivo do Instituto Ayíka e ligado à Coalizão Negra por Direitos, também discursou. Em sua fala, o jovem de Mauá, região metropolitana de São Paulo, destacou a importância de se discutir o racismo climático e de se considerar de perto as necessidades dos países em desenvolvimento.
"O debate fundamental de racismo climático ainda não encontra ampla adesão, ou é negado, pelos movimentos ambientalistas, climáticos e pelos grandes líderes. Como resultado, temos a falta de segurança ambiental aos territórios urbanos e rurais de maioria populacional negra, impactada pela expropriação, poluição hídrica, atmosférica, pelos eventos climáticos extremos, pela moradia em áreas de risco, pelo despejo de resíduos, pelo não acesso aos serviços de saneamento básico, impactados pelas enchentes, deslizamentos, doenças de veiculação hídrica, entre outros", disse ele.
Marcelo defendeu, ainda, que a COP seja "ambiciosa e realista" em suas propostas de enfrentamento à crise climática. "É urgente considerar outros modelos de desenvolvimento, outras formas de bem viver em sociedade que reconectem as relações humanas e sua constituição como parte da natureza", afirma.
Hoje (6), está prevista outra grande mobilização mundial em Glasgow e em outras cidades. Os organizadores esperam 100 mil pessoas.
A COP26 acontece em Glasgow, na Escócia, até o dia 15 de novembro. Entre as suas principais metas estão finalizar o Manual de Regras de Paris (aquelas que irão tornar o Acordo de Paris operacional) e acelerar as ações para enfrentar a crise climática através da colaboração entre governos, empresas e sociedade civil.
(Colaboraram Flora Bitancourt e Kamila Camilo, de Glasgow, Escócia)
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