Alunos criam aplicativo que liga quem pode ajudar a quem precisa de ajuda
Diminuir distâncias. Foi com essa ideia que estudantes do Gama-DF se reuniram no ano passado, quando a pandemia de covid-19 começou, para pôr em pratica a ideia de um aplicativo cujo objetivo era um só: ligar quem pode ajudar a quem precisa de ajuda, facilitando o contato e potencializando a solidariedade.
"Por causa da pandemia, quem costumava ajudar uma ou outra entidade, continuou. Mas muitas pessoas começaram a precisar de doações e ninguém sabia. Nossa ideia foi possibilitar que essas pessoas se cadastrassem num banco de dados online e garantir que a rede de solidariedade pudesse crescer e se manter ativa", explicou Rafael Ramos, 20 anos, aluno do 5º semestre de engenharia de software na Faculdade UnB Gama (FGA).
O projeto se chama Mia Ajuda, e remete ao miado de um gatinho pedindo ajuda. A versão atual é a V1.0, e uma nova, ainda em fase de testes, deve ser lançada ainda este ano incluindo o cadastro de ONGs (Organizações Não Governamentais).
O Mia Ajuda foi criado pelos professores da FGA Maurício Serrano, Fernando William Cruz e Milene Serrano, com auxílio de alunos do curso de Engenharia de Software da FGA. Cerca de 16 alunos de diferentes semestres já contribuíram com o projeto, e a oportunidade se estende também como laboratório multidisciplinar, abrigando estudantes dos cursos de marketing e comunicação, por exemplo, que cuidam das redes sociais e conteúdo do site.
Cadastro nacional e gratuito
O cadastro de doadores e pessoas que precisam de ajuda é nacional gratuito, e deve ser feito online no aplicativo ou no site. São solicitados dados como nome e telefone, mas não o endereço da pessoa, apenas um ponto de referência para que elas possam se encontrar. Isso porque a segurança dos envolvidos é uma prioridade do aplicativo.
"A gente está num momento que tanta gente tenta dar golpe por celular, que disponibilizar o endereço das pessoas seria uma ideia contraditória. Dessa forma, colocar um ponto de encontro público para que elas possam efetuar a doação se tornou mais viável", disse Rafael,
O aplicativo não realiza o acompanhamento das doações, apenas facilita a comunicação entre as pessoas cadastradas nele. Os dados ali colocados também não são compartilhados, ficam visíveis somente aos envolvidos na doação.
"A gente não tem braços para fazer esse acompanhamento, mas temos a tecnologia para facilitar esses encontros. Reforçamos, entretanto, para que as pessoas conversem entre si e combinem um lugar seguro para fazer a troca, pois todo cuidado é pouco hoje em dia, infelizmente", reflete o acadêmico.
Unir aprendizado com solidariedade já é um hábito na vida do Rafael, e por isso a oportunidade de integrar o laboratório da universidade se tornou uma tarefa tão prazerosa. "No ensino médio eu participava voluntariamente de atividades na escola em quem minha mãe trabalhava. Ia aos sábados dar recreação para crianças", relatou.
Foi quando estava em busca de um estágio na área dele que o Rafael soube do Mia Ajuda. "Entrei sem saber ainda como funcionava. Hoje, estar ali trabalhando com pessoas diferentes, com níveis de conhecimento diferentes e por uma iniciativa tão linda, tenho certeza de que estou caminhando na direção certa", refletiu.
Atualmente, o app conta com 8 frentes de doações: Itens de proteção (como máscaras), suprimento alimentar básico, apoio social, pequenos serviços, transporte de emergência, apoio físico, psicológico e higiene pessoal.
Para saber mais sobre o Mia Ajuda, ver as ações, doações, e conhecer um pouco mais sobre a tecnologia desenvolvida pelos alunos da FGA, acesse o site https://miaajuda.netlify.app/ ou o perfil do projeto no Instagram.
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