'Mochileiros' buscam e alimentam pessoas que têm fome pelas ruas do RJ
Um grupo de amigos que participava de projetos sociais no Rio de Janeiro percebeu que as entidades que distribuem comida à população de rua tinham data e local fixos para doar as refeições e muitos acabam desassistidos. Pensando nisso, eles montaram um esquema para "mochilar" pelas ruas em horários alternados levando lanches vegetarianos a essas pessoas.
"Ficamos sensibilizados com o aumento da população de rua nesse período da pandemia e pensamos em fazer alguma ação que pudesse ser gerida por nós mesmos, que não dependesse do governo", contou a Ecoa André Brilhante, um dos idealizadores do 'Mochilando Contra a Fome'.
André primeiro se juntou a Lucas Barão, pois já eram amigos e participavam de outro projeto. Eles começaram a pensar que havia a necessidade de percorrer as ruas para achar essas pessoas que estavam em marquises, túneis, embaixo de bancas e em outros cantos da cidade e não eram atendidos pelas entidades que distribuem comida.
Montaram, então, o projeto e iniciaram uma divulgação nas redes sociais. O movimento foi crescendo e ganhando reforço de outros amigos e pessoas desconhecidas que depois acabaram se tornando amigas. "Eu e o Lucas iniciamos, depois levamos a ideia ao Rodrigo Azambuja, que é vegetariano e nos fez a proposta de fazermos um lanche nutritivo. Duas nutricionistas nos propuseram a receita do lanche, que leva ricota, cenoura, azeite, orégano, milho e tomate", conta André Brilhante.
Produção em equipe
O lanche é feito na cozinha de André. Os amigos e demais voluntários se reúnem e cumprem um esquema que vai da limpeza dos produtos à montagem dos sanduíches. A produção é dividida em equipes. Um grupo corta os laminados, outro recheia os pães e outra turma embala os sanduíches. Depois, vai tudo para as mochilas e o projeto segue para as ruas. São 200 lanches em média a cada saída, que acompanham bolinho e água.
Todos os recursos chegam por meio de doações. Para o futuro, o 'Mochilando Contra a Fome' pensa em crescer e se tornar uma associação. Os idealizadores querem que o projeto tenha mais alcance.
"Vemos artistas circenses que buscavam ganhar dinheiro com sua arte e estavam ali dormindo na rua. São muitas histórias. Gente que fez faculdade, que fala outros idiomas. Nós procuramos também dar atenção e saber um pouco sobre eles. Eu acho que ainda fazemos pouco, quero fazer mais, fico pensando que se mais pessoas agissem ajudariam muita gente", destacou.
Para conhecer e entrar em contato com o projeto, acesse o perfil no Instagram.
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